Diretor: 
João Pega
Periodicidade: 
Diária

Os problemas da Rua de Santo Amaro


tags: Pampilhosa, Mealhada Categorias: Região quarta, 18 setembro 2019

A Rua de Santo Amaro na Pampilhosa já tinha um caixote do lixo roto desde dezembro do ano passado, a rua tem buracos e alguns terrenos já têm ervas secas, o que provoca receio aos moradores.

Quem o conta é a moradora Maria Manuela Andrade, de 63 anos, que afirma que já tinha contactado a Câmara Municipal da Mealhada relativamente a estas situações e indicaram-lhe que a Rua de Santo Amaro estava incluída num “mapa para porem alcatrão” no concelho, visto algumas ruas precisarem de ser intervencionadas.

“Passam aqui 3 carrinhas todos os dias e eu ouço tudo” é uma das afirmações de Maria Manuela que declara já ter sido acordada pelo barulho das carrinhas devido ao estado da estrada.

Sobre os terrenos que têm ervas secas indica que já limparam o terreno que está junto à casa, mas que continua a haver terrenos acima que precisam de ser limpos devido aos “bichos” e ao risco de incêndio nestes terrenos. A limpeza ao terreno que foi feita junto à sua casa há pouco mais de duas semanas foi um avanço, mas o ideal era que se limpassem também os terrenos mais acima, afirma.

Relativamente ao caixote do lixo este já foi trocado pela Câmara Municipal da Mealhada. O presidente da C. M., Rui Marqueiro, afirmou que, atualmente, o processo está em “saber quem é que não reportou às chefias sobre o caixote do lixo”, visto que da parte destas não havia informação. O presidente indica que mandou retirar o caixote do lixo e pôr lá outro, mal soube da situação.

“Limpeza dos terrenos tem a ver com a legislação”

Já sobre os buracos na estrada, o presidente confirma que a via está “num pacote de ruas que queremos beneficiar e ainda estamos em fase de concurso público” até porque, como afirma, “quando é um buraco leva muito tempo para resolver” devido ao processo que envolve e, por vezes, a situação é ainda alvo de maior atraso quando há obras porque “se um funcionário se esquecer de dizer ao colega para tapar um buraco esse buraco fica lá”.

Rui Marqueiro explica que o concurso público vai ser dividido em três fases visto o custo ser muito alto – “na totalidade do município pode ascender a dois milhões de euros”.

O autarca conta que a intervenção nas estradas comece por volta do início da primavera, até porque o trabalho asfáltico deve ser feito em “tempo sem chuva”, mas na rua de Santo Amaro “vão ser reparadas duas depressões pelos serviços camarários”.

“A limpeza dos terrenos tem a ver com a legislação. O que a Câmara tem que fazer quando alguém identifica para limpeza é preciso noticiar a pessoa” afirma o presidente da C.M. da Mealhada, enquanto explica que não se pode fazer a limpeza, porque “se fizer isso acabo por ter um processo-crime”.

Em alguns casos o processo de identificação acaba por levar mais tempo e Rui Marqueiro explica que “normalmente dão-se 30 dias após a notificação” e isto também se deve ao facto de sermos “um país de emigrantes”, algo que complica a situação visto que, por vezes, “quando enviamos uma carta ela acaba devolvida e às vezes andamos 3 meses neste processo”.