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Gente da Nossa Terra - Marta Pires


tags: Teatro, Mealhada Categorias: Região quarta, 02 outubro 2019

Marta Pires | Diretora Artística da Companhia de Teatro Caixa de Palco

"Sempre quis ser o que sou hoje em dia, atriz!"

O Gente da Nossa Terra é uma série de entrevistas que começamos a lançar nesta edição do Jornal da Mealhada. Pretende apresentar pessoas que são da cidade, o seu percurso profissional e o seu lado mais "escondido ".

Marta Pires, de 31 anos, é a diretora artística da Companhia de Teatro Profissional Caixa de Palco e nasceu em Coimbra. Segundo explica, faz teatro desde os 7 anos na escola e em vários grupos que frequentou e, durante 7 anos, participou nas classes de teatro do Teatrão em Coimbra. Mais tarde, licenciou-se em Teatro na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e realizou ainda uma formação de 1 ano da Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul em Lisboa.

Já trabalhou como atriz e produtora, durante um ano no Teatro O Bando, colaborando posteriormente em alguns trabalhos pontuais. Foi atriz e produtora na Guilherme Cossoul, mentora e coordenadora no Projeto Transformers, atriz e professora na Atrapalharte e é atualmente diretora da Caixa de Palco.


1. Quando era pequena queria ser:

Sempre quis ser o que sou hoje, atriz! Se bem que houve uma pequena altura em que queria ser pedreira, por seguir de perto o trabalho do meu pai que é Engenheiro Civil, e adorar ir ver as obras com ele.

2. Último bom livro que leu:

A minha leitura passa muito por textos dramáticos, não fosse eu da área que sou, ou seja, dentro deste género nomeio o texto do espetáculo que vamos estrear - Antes de Começar, de Almada Negreiros.

3. Último bom filme que viu:

Rei Leão - nova versão

4. A música que nunca se cansa de ouvir:

Não consigo nomear uma música. Em específico, eu adoro ouvir música e tenho vários estilos. Normalmente, sou de seguir o trabalho de determinados músicos ou bandas e ouço praticamente o leque todo de músicas que têm. Mas para especificar uma música é difícil, porque como viajo muito, por norma, ouço as músicas que passam na rádio e dependendo da disposição de cada dia, a lista de músicas vai variando consoante o meu estado de espírito. Mas posso nomear apenas uma cantora que aparece sempre nas minhas listas sonoras - Birdy.

5. Uma paixão:

Para além do teatro, adoro viajar (por lazer)

6. Um ódio de estimação:

Aranhas.

7. Um bom conselho:

"Quem não arrisca, não petisca" - se ficares à sombra da bananeira a ver o Mundo passar, ele há-de passar sem reparar em ti e não te levará com ele - "A vida é boa para quem a sabe viver".

8. Lema de vida:

"Que a minha coragem seja sempre maior do que os meus medos".

9. Uma boa memória:

Olhar, pela primeira vez, para os meus filhos, que por serem dois de uma só vez, foi das melhores e mais confusas sensações que já tive em toda a minha vida - não sabia para qual dos dois olhar primeiro!!

10. Prato preferido:

Não tenho - adoro comer e como praticamente tudo (só sou esquisita na doçaria).

11. Hobby:

Ver séries.

12. Clube de futebol:

Sporting.

13. Água, chá ou vinho?

O que mais bebo é água, mas adoro um bom vinho e gostava muito de me habituar a beber mais chá.

14. Verão ou Inverno?

Verão.

15. Noite ou dia?

Sou mais criativa à noite, mas prefiro o dia.

16. Uma qualidade:

Resiliente.

17. Um defeito:

Desarrumada.

18. A melhor coisa da Mealhada:

O leitão (Ahahahah!) Fora de brincadeiras, acho que, em termos turísticos, o concelho da Mealhada tem vindo a crescer exponencialmente e isso é bom!

19. A pior coisa da Mealhada:

Acharem sempre que o que vem de fora é melhor do que o que há na terra. Apoiam mais facilmente os de fora do que os de dentro – falo em termos culturais.

20. O que gosta mais no seu trabalho:

Ver o sorriso do público no final de um espetáculo.

21. O que gosta menos no seu trabalho:

Passar o tempo todo a viajar.

22. Porquê o teatro?

Nunca encontrei a resposta a esta pergunta. Desde sempre foi o teatro, sinto-me segura em palco, sinto que sou eu mesma quando estou no palco (ainda que esteja a representar personagens muito diferentes de mim), sinto que me esqueço de qualquer adversidade da vida quando estou em palco.

23. No teatro: drama ou comédia?

Drama.

24. Palco ou backstage?

Palco.

25. Quais são os principais desafios de dirigir uma companhia de teatro na Mealhada?

Falta de apoios, principalmente financeiros. Dificuldade em encontrar atores com disponibilidade para trabalharem nesta zona. Falta de reconhecimento. Muito trabalho para "educar" o público a ser culturalmente mais assíduo.

26. Quais são os planos para o futuro da Caixa de Palco?

A Caixa de Palco continua o seu trabalho de levar cultura às escolas espalhadas pelo País. Este ano, estendemos horizontes e iremos, já em Novembro, à Galiza, a Andorra e a Badajoz, com o apoio da Fundação Camões. Temos 5 espetáculos em cena e até Dezembro iremos estrear 3 novas produções, uma delas em parceria com o Museu Marítimo de Ílhavo, ficando assim, a Caixa de Palco com um leque de 8 produções a circular pelo País e além fronteiras. Mas pretendemos crescer ainda mais e estamos a trabalhar no sentido de criarmos um espaço físico na Mealhada (concelho) que nos permita: - desenvolver várias atividades para a comunidade e com a comunidade do nosso Concelho; - trazer novos projetos de qualidade para apoiar a programação cultural do Município; - criar parcerias sólidas para apresentação de novos espetáculos de larga escala, não só para o público infantil, como também para o público geral.

27. A melhor coisa que a Caixa de Palco lhe deu:

Oportunidade de viver na minha terra, junto da minha família, trabalhando na minha área e a fazer todos os dias o que mais gosto.

28. Um ator é… Garra

29. Um ator não é… Comodismo

30. Quando for grande vou ser:

Diretora de um espaço cultural de 1ª classe - de preferência, na Mealhada.