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tags: Braga da Cruz Categorias: Opinião quarta, 16 outubro 2019

“Uma observação cuidada da campanha eleitoral pode verificar imediatamente que a direita perde por falta de comparência. Em Portugal não existe direita, nem democrática, nem social, nem liberal, nem conservadora, nem nacionalista. Existem discursos políticos que reproduzem dispersas as ideias próprias destas famílias políticas, mas não existem partidos com implantação social e nacional para representarem uma visão genuína e uma sensibilidade portuguesa de direita. Em Portugal não existe uma tradição política à direita, a não ser a experiência da ditadura e os sonhos adolescentes em homens de meia-idade. O regime democrático é o retrato de uma mutilação, mas todos representam os seus papéis numa rotina cansada e que cobre o país de tédio.”

Carlos Marques de Almeida – ECO

“…Apesar de todas as incertezas e fragilidades, os cinco partidos que já cá andam desde o século passado têm quadros, recursos materiais, capacidade de organização, reconhecimento público e outras formas de poder que excedem de longe as dos pequenos partidos. É mais fácil imaginar que os antigos se ajustarão aos novos tempos do que os recém-chegados ganhem um peso que lhes permita mudar a política nacional. Quando daqui a uns anos olharmos para trás, o maior contributo dos novos partidos pode ter sido a mudança que induziram nos que já cá andavam.”

Ricardo Paes Mamede – DIÁRIO DE NOTÍCIAS

“…O que está Portugal a fazer para combater a corrupção na indústria do futebol? Nada? Está Portugal a investigar a corrupção revelada pelo Football Leaks? A resposta curta é não. As autoridades portuguesas consideram que não podem utilizar as revelações do Football Leaks, considerando que essas informações foram obtidas ilegalmente.

Chegou o momento de Portugal pensar que, quando um quadro legislativo não é adequado para combater a corrupção, as leis devem evoluir. Em muitos países, a prova é livre. É tempo de Portugal evoluir. Portugal precisa de actualizar a sua lei para combater eficazmente a corrupção no futebol. Caso contrário, Portugal será visto apenas como o velho sistema judicial, que protege os poderosos e corruptos e põe na prisão aqueles que falam. Depende de ti, Portugal.”

 

Eva Joly – EXPRESSO

“As instituições de ensino devem ter um papel importante na consciencialização dos jovens para a importância das eleições, enquanto pilar fundamental do estado democrático. Da mesma forma, devem tornar clara para os jovens a perceção da importância das eleições para a vida coletiva da sociedade e de cada cidadão enquanto indivíduo. Tal pode ser conseguido, por exemplo, com a introdução de disciplinas de consciência cívica ou ciência política nos curricula, complementadas com atividades extracurriculares que sejam atrativas para os estudantes.”

João Rocha – JORNAL DE NOTÍCIAS

“…O politicamente correto quer negar a própria realidade. Ora a negação da realidade, mais tarde ou mais cedo, acaba mal. Naquela corrida mista de atletismo, que pretendia afirmar a igualdade entre mulheres e homens, o resultado foi o oposto: a humilhação desnecessária de uma atleta, que começando a correr com meia pista de avanço acabou em último lugar.

Do mesmo modo, pretender que as ‘raças’ são todas iguais só contribui para fomentar o racismo, porque a observação mostra que são diferentes.”

 

José António Saraiva – O SOL