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“Vim à procura de novas oportunidades”


tags: Pampilhosa, TuCáTuLá Categorias: Região sexta, 01 novembro 2019

Há 12 anos, Gonçalo Henriques emigrou para Reims, em França, à procura de uma vida melhor e nunca se arrependeu da escolha. Atualmente trabalha numa empresa de construção civil, a SOCHAMP, onde é chefe de equipa. Vive na cidade com a mulher, Liliana, e com o filho de ambos, Martim.

Emigrei à procura de novas oportunidades. As maiores dificuldades que encontrei quando cheguei foi a língua e ter que viver num apartamento, porque vivi sempre em casas e pequenas vilas”, recorda Gonçalo.

Natural da Pampilhosa, Gonçalo Henriques estou até ao 10º ano em escolas da Pampilhosa e da Mealhada. Após desistir dos estudos, optou por ir trabalhar. Começou na Torrestir, passou para a Sanitana, até se fixar na construção civil. “Gosto de viver aqui apesar de, em França, pagarmos muitos impostos. Mas aqui encontramos uma grande diversidade de culturas, todas elas acolhedoras que procuram integrar na sociedade quem chega ao país”, destaca. E enumera mais aspetos positivos que tem no país. “Os Invernos aqui são muito frios mas as casas são quentinhas. A nível de saúde somos bem assegurados. Podia enumerar varias vantagens, mas cada pessoa diferente que aqui chega encontra vantagens distintas dependendo do que procura”, entende. Como pontos negativos, Gonçalo aponta para as rendas, que são muito caras, e a cargas de impostos, que é muito elevada.

 

Ainda não conhece metade

Apesar de viver em França há mais de uma década, Gonçalo Henriques admite que ainda não conhece metade do país. Sobre Reims, há logo um paralelismo com a Bairrada: é uma zona conhecida pelo champanhe. “Podemos visitar as vinhas do champanhe, que parecem sair de um filme por serem tão perfeitas e estimadas, bem como as caves de champanhe”, revela. Em Reims destaca ainda a “famosa catedral”. No resto do país, Gonçalo enumera alguns locais que já visitou e recomenda. “Dunkerque, Boulogne Sur Mer, Touquet-Paris-Plage, Berck. Visitei também Versailles e o seu castelo, como não podia faltar. Já visitei várias vezes Paris, visitei também um pouco do Sul, como Cannes, Nice e Antibes, mas ainda há tanto para ver aqui”, completa.

De Portugal, há três coisas que lhe despertam a saudade: a praia, os amigos e a mãe. No entanto, o regresso não está nos planos. “A situação de Portugal e um assunto que não sigo. Para mim vejo Portugal como um bom destino de férias porque não me imagino voltar tão depressa. As pessoas em Portugal pensam que aqui o dinheiro é fácil de ganhar, mas não, tem de se trabalhar para ter o que queremos”, enuncia.

Apesar de o regresso não estar nos planos, Gonçalo Henriques vai mantendo o contacto com a família e os amigos, mantendo as viagens ao país pelo menos duas vezes por ano.