Diretor: 
João Pega
Periodicidade: 
Diária

DITO E…ESCRITO


tags: Braga da Cruz Categorias: Opinião sexta, 29 novembro 2019

“…Acresce que estar sem-abrigo é muito mais do que não ter recursos, emprego e habitação. Estar sem abrigo é o resultado de muitos e diversificados fatores de exclusão. Há décadas que sabemos que um desses fatores é a saúde e em particular a saúde mental. A meta para 2020 do plano de ação nesta matéria não podia ser mais risível. Propõe o Estado, heroicamente e cito para não ser infiel à grandeza da intenção, a "existência de procedimentos consensualizados e generalizados no âmbito do acesso das pessoas em situação de sem-abrigo ao SNS". Do mesmo modo e com o mesmo nível de determinação propõe e merece de novo citação, no caso dos migrantes, "assegurar o atendimento nos CNAIM das pessoas migrantes em situação de sem-abrigo".”

 

Paulo Pedroso – DIÁRIO DE NOTÍCIAS

 

“…Numa OPA em que existe esta suspeita de “decidir em causa própria”, e com um prémio tão estapafúrdio de 81%, os benfiquistas deveriam confrontar o presidente com estas dúvidas e não fazer o papel de avestruzes. Numa história com tantos pássaros, enterrar a cabeça na areia não é a melhor estratégia.

No caso de Luís Filipe Vieira, quando sair do Benfica poderá vender as suas ações aos 5 euros da OPA e levar para casa 3,8 milhões de euros. Com esta OPA, ajuda-se a si próprio, ajudando os outros.

Em 2007, depois da estreia do Benfica em bolsa, Joe Berardo também chegou a lançar uma OPA sobre o Benfica com um prémio de 30% para, segundo ele, “ajudar o clube do coração”. Aparentemente os benfiquistas têm um coração grande — alguns ainda se lembrarão da “Operação Coração” — e são uns mãos-largas a pagar prémios nas OPA. Ao menos Berardo quis ajudar com dinheiro dele e não com dinheiro do próprio Benfica.”

 

Pedro Sousa Carvalho – ECO

 

“…Passem uma manhã, uma tarde ou uma noite num grande aeroporto e observem. Os abraços trapalhões, como se braços humanos não tivessem sido concebidos para despedidas entre pai e filha. O sorriso condoído dos que partem e a lágrima incontida dos que ficam, o passo impaciente dos que regressam e a mão permanente no peito dos que aguardam. A dor da separação e a felicidade do reencontro. Feitas uma da outra. Feitas uma para a outra. Perceberão então por que razão o comunismo sempre atacou a família – e por que razão o comunismo sempre saiu derrotado. Perceberão então por que razão uma mãe chora a ler uma carta do filho de um modo que um militante jamais chorará a ler um texto de Lenine.”

 

Miguel Granja – OBSERVADOR

 

É altura de o Governo começar mesmo a governar em matéria de segurança, e isso passa por medidas fundamentais: a fusão da PSP e da GNR, a contratação urgente de efetivos, o reequipamento e uma melhoria substancial no que se refere ao quadro remuneratório.

Não se pode fazer da entrega e do sacrifício permanente dos agentes a única garantia ao dispor dos cidadãos em relação à defesa dos seus direitos constitucionais em matéria de segurança. Fazê-lo é irresponsável e é correr um risco inaceitável.

 

Mario Nuno Neves – JORNAL DE NOTÍCIAS

 

“…Portugal entrará no mundo dos países ricos porque vai englobar o rendimento das rendas no IRS. Vai imitá-los, pelo menos a seis. Sobra a Suécia. É pobre.

Cresce a receita. Não é importante, diz o primeiro dos ministros, com a insustentável leveza do ser que o caracteriza. É, sim, um contributo para a equidade fiscal. E, pelos vistos, um fator de progresso. Não, nisto não ficaremos atrás dos outros.

Dirão alguns poder influenciar negativamente o investimento em imobiliário e a construção. Mas como?

Se as taxas de juro são o que são e só falta pagar aos bancos para lá ter o dinheiro.

Portanto, quem o tem rende-se e aceitar tudo porque dois gémeos siameses nos USA e no UK, se encarregam de perturbar o mundo e aumentar a instabilidade. A Espanha, ao menos, faz tudo às claras.

Dividindo o poder, uns fazem o mal e outros a caramunha. Sem casamento, porém.

Não é por acaso que uma fronteira nos separa. É que, mesmo coincidindo no objetivo final, há caminhos vários. É gente diferente.

Num lado a confusão da paella e no outro a elegância da pescada com todos. Valha-nos a singularidade. Magalhães ou Delcano, a mesma luta. O mundo é redondo e a esquerda também.”