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Messias leva ao paladar vinhos que ficam na memória e conquista mundo fora


tags: Mealhada, Mealhada, Mealhada, Caves Messias Categorias: Especial sexta, 14 janeiro 2022

Surgiu em 1926, pelas mãos do Comendador Messias Batista e, é há 95 anos, que a Messias traça o seu percurso com prestigiados vinhos, desde os brancos, os tintos, os fortificados, como o Vinho do Porto, e os espumantes, mantendo sempre a filosofia do seu fundador: “O vinho faz-se na vinha”. Com quintas que cobrem três das principais regiões vinícolas do país – Quinta do Valdoeiro, na Bairrada, com 160 hectares, em que 70 são destinados à produção de vinha, a Quinta do Cachão, no Douro, com 200 hectares em que 130 são ocupados por vinha, e a Quinta do Penedo, na região do Dão, em Mangualde, com 20 hectares de vinha –, é a partir das mesmas que nasce um portefólio alargado de produtos e de castas, mas acima de tudo de DOC’s, quer isto dizer, denominações de origem controlada das várias sub-regiões.

“O Comendador Messias Batista começou por vender aguardente para os produtores de Vinho do Porto e tornou-se um dos principais, se não mesmo o principal fornecedor de aguardente para fortificar o Vinho do Porto. Claro que isto acabou por influenciar a sua entrada no mundo dos vinhos e, entretanto, em 1926, nomeadamente em novembro, registou-se como comerciante de vinhos. E foi aí que surgiram as Caves Messias enquanto empresa”, começou por contar ao nosso jornal João Figueiredo, diretor de marketing da empresa, destacando que o Comendador Messias Batista “queria controlar todo o processo produtivo, desde a videira ao engarrafamento, até à venda do vinho”, o que o levou a adquirir as quintas para garantir a qualidade do processo e da matéria prima e, assim, fazer os vinhos que ficam na memória.

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O portefólio de vinhos, esse é vasto, e muitas também são as marcas: no que se refere aos vinhos tranquilos, possuem os vinhos tranquilos da Bairrada, os vinhos da Messias e os vinhos da Quinta do Valdoeiro; em termos do Douro, o Quinta do Cachão e também o Messias, nomeadamente o Messias Superior e o Messias Santa Bárbara. No Dão, apenas a marca da Quinta do Penedo. Nos Vinhos do Porto, há o Vinho do Porto Messias e alguns vintage da Quinta do Cachão. Mas é no cuidado do processo produtivo da vinha que tudo começa, até chegar ao paladar dos amantes da qualidade. “Retomando a frase do Comendador Messias Batista – “o vinho faz-se na vinha” – e todo o cuidado passa pela vinha propriamente dita e temos muita experiência. O diretor de Viticultura, Manuel António, que é também da família Messias, é uma pessoa muito conhecedora. Na vinha, temos um processo que é evitar ao máximo o uso de químicos para fazer a produção do vinho. Obviamente, não os podemos dispensar, mas no fundo só se utiliza controlo de doenças e pragas apenas quando o nível de ataque destas for superior ao risco de não se fazer nada. De resto, optamos por métodos naturais, como por exemplo, o cálcio para combater o fungo. Logo aí conseguimos assegurar uma qualidade que efetivamente se sente”, assegurou.

Quanto à seleção da uva adequada para fazer um bom vinho, cabe à parte enológica, com o enólogo João Soares na parte dos vinhos tranquilos e vinhos espumantes e Ana Urbano, também enóloga, na parte de alguns vinhos do Douro e os vinhos do Porto. “Temos estes dois enólogos que fazem essa criteriosa seleção para depois fazer o melhor vinho possível, também com o mínimo de químico possível. No fundo, como diz o nosso enólogo João Soares, “se o produto já é bom, porque é que o vamos estragar”. E isso, lá está, depois sente-se na qualidade de o beber e da sensação que o vinho nos dá no próprio dia e na manhã seguinte”, continua por Vinhos Messias vão além fronteiras e conquistam mundo fora Com um alargado mercado, é por terras portuguesas, mas principalmente além fronteiras, que a Messias tem vingado e tem visto os seus produtos serem reconhecidos pelo mundo fora. E são os Estados Unidos, Brasil e a Alemanha que procuram cada vez mais a empresa bairradina. “O principal mercado exportador que temos são os Estados Unidos e o Brasil. Na Europa, a Alemanha. Eu diria que por uma questão de procura, porque não há nada como dar a provar o vinho. O nosso verde e rosé, que é o Santola, são os que fazem mais sucesso e, curiosamente, cá em Portugal nem é muito conhecido. Também a Quinta do Cachão, o tinto, é dos mais procurados. O mercado alemão é o principal mercado exportador de Portugal aqui na Europa, acho que acaba por ser natural estarmos lá muito presentes”, partilhou João Figueiredo, salientando que mais de 65% da faturação da empresa deve-se à exportação. “Estamos agora a entrar com alguma força na Rússia e na China também. A questão agora é importarmos o sucesso que temos no estrangeiro, para Portugal”, reforçou. explicar o diretor de marketing da Messias. Depois de todo este processo da vindima, que varia conforme o vinho a produzir, e havendo o processo natural de engarrafamento e de envelhecimento, eis que o vinho é lançado no mercado para consumo, através de venda direta ou dos parceiros, como supermercados, hipermercados e distribuidores.

A verdade é que é nas Caves Messias que se encontram os vinhos mais antigos e alguns também vintage e, é entre a escuridão, a humidade, a climatização de 12 a 14 graus e até acrescentos naturais, como as teias de aranha que foram surgindo ao longo do tempo, que as Caves Messias, com a sua particular arquitetura, garantem milhares de garrafas por lá a estagiar. No caso do Vinho do Porto, são várias as raridades e colheitas ali presentes, bem classificadas e com inúmeros anos, que podem rondar os 400, 600 e até 900€. As reservas de vinhos tranquilos, os 50, 60 ou 70€, no máximo. “Estamos agora a querer voltar a trazer a Messias para a ribalta e, no fundo, o mote de que “a nossa história faz parte da sua vida”, relembrando as pessoas que este vinho e esta marca sempre existiu na vida das variadas gerações e que é uma marca que está quase a fazer 100 anos no mercado. Em novembro deste ano, 2022, vamos fazer 96 anos”, reforçou João Figueiredo.

Objetivos estão definidos até 2026 e nessa meta empresa conta crescer aproximadamente 50%

Os objetivos da empresa Messias estão definidos até 2026 e João Figueiredo, diretor de marketing, partilhou com o nosso jornal alguns deles. Reduzir o portefólio das marcas no sentido de aumentar a própria qualidade dos vinhos é o objetivo primordial. “No fundo, em vez de dispersar tanto por marcas, valorizarmos mais aquilo que temos, adotarmos a estratégia que temos, abraçarmos a qualidade que temos e não termos medo de a assumir em termos de apresentação, de valor e em termos de posicionamento de produto. Obviamente que não estamos a dizer que vamos fazer um aumento absurdo de preços, agora não nos vamos cingir a achar que somos pequeninos e que não temos qualidade. Considero que, se temos qualidade, a qualidade tem de se pagar e temos de apostar nela. Portanto, no fundo, essa é a nossa estratégia no que toca à redução do portefólio. Concentrarmo-nos no que fazemos bem, para podermos nós próprios aumentar o foco e, por sua vez, acrescentar ainda mais valor ao mercado”, referiu. Outra das pretensões passa pela aposta na comunicação, no sentido de “acrescentar valor à marca, o valor que a marca já tem, e criar valor para a marca e para o cliente” e, consequentemente, crescer no online. “No fundo, conseguir aumentar bem a nossa quota no digital, conseguirmos afirmarmo-nos como um player de relevo no online e depois, em Portugal, voltarmos a recuperar a nossa posição de liderança. Queremos ser líder de espumantes a nível nacional e não apenas a nível regional”, disse.

Vinhos Messias vão além fronteiras e conquistam mundo fora

Com um alargado mercado, é por terras portuguesas, mas principalmente além fronteiras, que a Messias tem vingado e tem visto os seus produtos serem reconhecidos pelo mundo fora. E são os Estados Unidos, Brasil e a Alemanha que procuram cada vez mais a empresa bairradina. “O principal mercado exportador que temos são os Estados Unidos e o Brasil. Na Europa, a Alemanha. Eu diria que por uma questão de procura, porque não há nada como dar a provar o vinho. O nosso verde e rosé, que é o Santola, são os que fazem mais sucesso e, curiosamente, cá em Portugal nem é muito conhecido. Também a Quinta do Cachão, o tinto, é dos mais procurados. O mercado alemão é o principal mercado exportador de Portugal aqui na Europa, acho que acaba por ser natural estarmos lá muito presentes”, partilhou João Figueiredo, salientando que mais de 65% da faturação da empresa deve-se à exportação. “Estamos agora a entrar com alguma força na Rússia e na China também. A questão agora é importarmos o sucesso que temos no estrangeiro, para Portugal”, reforçou.