Arranque de campanha do PS na Mealhada contou com Pedro Nuno Santos e Joana Sá Pereira
Pedro Nuno Santos, cabeça de lista do Partido Socialista nas eleições legislativas pelo círculo de Aveiro e atual ministro das Infraestruturas e da Habitação, esteve na segunda-feira em campanha na Mealhada para as eleições legislativas antecipadas a 30 de janeiro. O responsável socialista começou por visitar o Hospital da Misericórdia da Mealhada, destacando o seu “importante serviço à população”, e visitou também o quartel dos Bombeiros Voluntários da Mealhada, onde deu uma conferência de imprensa. Pedro Nuno Santos mencionou que esta é uma fase de recuperação económica e, por isso, vão ser lançados dois programas - Programa de Recuperação e Resiliência e o PT 2030 - que vão ser dois dos instrumentos mais importantes para dar início à recuperação económica, que será a sua prioridade também no distrito de Aveiro.
Ao nível da saúde, esta que também é uma das prioridades para o partido, o ministro referiu que “as insuficiências do SNS não se resolvem desistindo dele, mas sim investindo” e que tem havido “uma boa articulação entre o SNS e o Hospital da Mealhada”. “Nós fomos conseguindo ter uma boa articulação entre o SNS e o Hospital da Mealhada que presta um serviço muito importante à população, um serviço de proximidade e uma das coisas que nós obviamente queremos enquanto deputados eleitos por Aveiro é continuar a promover esta grande proximidade entre o Hospital da Mealhada e o SNS. Nós precisamos. O SNS tem uma grande pressão ao nível da procura e o facto de nós termos exemplos e bons exemplos como o do Hospital da Mealhada, são contributos importantes, não só para a população da Mealhada e da região à volta da Mealhada – são vários municípios e várias populações que acabam por ser beneficiadas pelo Hospital da Mealhada -, mas obviamente que o Hospital da Mealhada acaba também por aliviar o próprio SNS”, realçou Pedro Nuno Santos. No quartel dos Bombeiros Voluntários da Mealhada o responsável socialista reforçou que as necessidades são muito mais do que as que foram satisfeitas. A associação contou com um investimento de 600 mil euros por parte do Estado, que permitiu renovar todo o quartel, e foi também criada uma segunda equipa em permanência, numa parceria entre a autoridade nacional de proteção civil e a autarquia. Contudo, “esse é um esforço permanente que deve continuar a ser feito”. “Acho que o investimento que foi feito aqui na Mealhada mostra que apesar dessas insuficiências, tem-se dado atenção a uma área que é determinante na vida e na proteção das nossas comunidades, que são a Proteção Civil e, neste caso em particular, os Bombeiros Voluntários. Agora claro sem negar as necessidades que os nossos bombeiros ainda têm e o trabalho que ainda há por fazer. Não nos podemos esquecer que foi feito aqui um investimento de 600 mil euros. Precisamos de mais, claro que precisamos, e estes homens e mulheres precisam de todo o nosso apoio porque nas horas de dificuldade são eles que nos estão a defender”, justificou Pedro Nuno Santos.
A habitação é outro dos pontos que Pedro Nuno Santos destacou como prioritário, tendo já um programa de perto de 2 mil milhões de euros para investir em habitação pública. “Nós tivemos algumas décadas em que não tínhamos programa nacional de financiamento do acesso à habitação, deixamos os municípios praticamente sozinhos na resposta às necessidades de habitação e, felizmente, nós agora temos um programa de perto de 2 mil milhões de euros para investir em habitação pública e a Câmara Municipal da Mealhada tem uma estratégia local de habitação a avançar e é um instrumento que depois terá obviamente financiamento da administração central porque o acesso à habitação é um problema cada vez mais grave, sentido não só pela população carenciada mas também pela população de classe média. E, por isso, estas são algumas das nossas prioridades que obviamente também têm impacto direto na Mealhada”, disse o responsável socialista aos jornalistas.
PS quer que Fundação Mata do Bussaco se torne Património Mundial da UNESCO
“O governo do PS elevou a Fundação Mata do Bussaco a monumento nacional depois de décadas e décadas de classificação como imóvel de interesse público. Tanto que o caminho agora – se correr como nós esperamos e com o empenho de todos - é que seja declarado património mundial da UNESCO. Estamos a fazer esse caminho”, salientou Joana Sá Pereira, deputada do PS pelo círculo eleitoral de Aveiro para as eleições legislativas que acompanhou a visita do responsável socialista.
Refira-se que em abril de 2021 foi alterado o decreto de lei que muda os estatutos da Fundação Mata do Bussaco, estando desde esse momento Guilherme Duarte, anterior vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, como presidente interino. Relativamente a ainda não ter sido nomeado o presidente, Pedro Nuno Santos explicou que se deveu ao facto de haver eleições marcadas e a opção tomada foi de travar as nomeações, porém, “logo após as eleições essa situação terá de ser resolvida e qualificada”. Joana Sá Pereira acrescentou ainda que “o aspeto mais importante dos novos estatutos da Fundação foi acabar com uma situação criada pelo governo PSD-CDS que era o corte de financiamento público na Fundação Mata do Bussaco”, pelo que “durante anos a fundação foi abandonada por quem tinha responsabilidade também na sua valorização e na sua promoção. E, finalmente, pela mão do governo do Partido Socialista, essa situação foi revertida e finalmente a Fundação e a Mata vão poder aceder a financiamento público que é tão importante para todos”.
Linha da Beira Alta: Concordância da Mealhada poderá estar pronta antes do final de 2023
Relativamente à modernização da Linha da Beira Alta, que está a ser alvo de obras e que integra a modernização do Troço Pampilhosa - Santa Comba Dão - onde não está incluída a estação da Pampilhosa – e a construção da Concordância da Mealhada, o responsável socialista defende ser “um investimento de máxima importância para o país, para a região centro e para a região norte” que estará pronto até ao final de 2023, prevendo que a Concordância esteja pronta antes. “A Linha da Beira Alta vai ser alvo de um investimento muito importante para promovermos o transporte ferroviário de mercadorias. Vai ser a nossa ligação à Europa do ponto de vista do transporte ferroviário de mercadorias – e de passageiros também -, que é a nossa principal motivação para fazermos esta obra. A Concordância é fundamental para que os comboios possam vir do Porto de Leixões e do Porto de Aveiro com mercadoria, e que possa seguir viagem, não só ligar as nossas áreas industriais e portos, mas também ligar a nossa economia a Espanha e ao resto da Europa. E, por isso, obviamente também dá centralidade a esta região”, mencionou Pedro Nuno Santos. Ainda assim, o socialista aponta a requalificação da estação da Pampilhosa como uma das contrapartidas desta obra das Infraestruturas de Portugal, garantindo que a obra vai ter de avançar e que esse é um dos objetivos.