Deputada Carla Madureira defende reabertura dos polos de Arada e Maceda da Unidade de Saúde Familiar Laços

O Grupo Parlamentar do PSD submeteu à Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao governo a reabertura dos polos de Arada e Maceda da Unidade de Saúde Familiar Laços, do concelho de Ovar. Defendendo este serviço de proximidade fundamental para as populações, o partido recorda, para justificar a medida, que o hospital local já não tem serviço de urgência, o horário do serviço de consulta aberta no centro de saúde foi reduzido e o serviço noturno das farmácias foi encerrado.
“A Assembleia da República recomenda ao governo que promova a reabertura imediata dos polos de Maceda e de Arada da Unidade de Saúde Familiar Laços, minimizando os transtornos provocados pela redução da prestação de cuidados de saúde no concelho de Ovar e garantindo o acesso cómodo e rápido dos utentes, especialmente no caso das pessoas idosas ou com mobilidade reduzida, aos serviços prestadores de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde” – pode ler-se no projeto redigido pela deputada Carla Madureira, subscrito por outros parlamentares do PSD.
Os deputados social democratas recordam que os polos de Maceda – só este cobre um universo de 3.500 habitantes – e de Arada foram encerrados em 2020, por imposição dos problemas associados à pandemia da Covid-19, e não voltaram a abrir portas, obrigando “os utentes, muitos deles idosos, a deslocarem-se às freguesias vizinhas para poderem obter uma consulta médica ou um tratamento de enfermagem”.
“Trata-se de serviço de proximidade fundamental para as populações, que não poderá permanecer indefinidamente encerrado, sob pena de ficar irremediavelmente comprometido o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, num concelho servido por um hospital que já não tem serviço de urgência, onde foi reduzido o horário do serviço de consulta aberta no centro de saúde, o que implicou o encerramento noturno das farmácias” – defendem os deputados subscritores, como justificação para importância da reabertura dos dois polos.
A mesma iniciativa parlamentar, dá como intolerável “qualquer desinvestimento neste setor, como o que tem vindo a verificar-se, conforme, aliás, denúncia das diversas organizações representativas do setor, que incluem as associações profissionais, os sindicatos e, em última instância, os próprios utentes”, dando o fortalecimento dos cuidados primários como “um passo essencial para a cobertura universal de saúde”.