Bispo de Coimbra celebra na Mealhada Dia da Sagrada família com famílias imigrantes
No ultimo dia do ano, um domingo, na solenidade da Sagrada Família, o Bispo de Coimbra celebrou a Eucaristia dominical na Mealhada, na Igreja Matriz, e contactou com famílias de imigrantes que estão a residir no concelho da Mealhada e que escolheram o território para refazer as suas vidas, em família.
Dom Virgílio Antunes, Bispo de Coimbra, presidiu à celebração da Festa da Sagrada Família na igreja paroquial da Mealhada. O domingo dentro da oitava do Natal, este ano a 31 de dezembro, é também, na Diocese de Coimbra, o Dia Diocesano da Família. E foi na Mealhada que o prelado entendeu celebrar a solenidade. Não terá sido alheia a esta opção o facto de unidade pastoral da Mealhada, na celebração do Dia da Sagrada Família, ter todos os anos a particular intenção de procurar realçar e sublinhar uma dimensão concreta e especifica da vida familiar. Este ano a atenção foi dada aos migrantes.
Participaram na celebração cerca de quatrocentas pessoas, em particular quinze famílias imigrantes, originárias do Brasil, Venezuela, Argentina e Angola.
“O acolhimento aos migrantes é uma realidade concreta e vivida pelos mealhadenses”, afirmou o Padre Rodolfo Leite, pároco da Unidade Pastoral do Concelho da Mealhada, que assim justificou a escolha temática para evocação da solenidade. Na ocasião, houve ainda a oportunidade de uma família brasileira dar o seu testemunho de acolhimento, que não deixou de sublinhar a sua percepção “da Igreja como a Casa da Mãe, que dá a garantia a quem chega de fora de que é um espaço de acolhimento, de paz e de apoio, mesmo não conhecendo ninguém”.
Na sua homilia, D. Virgílio Antunes destacou, precisamente, o papel da Igreja na sua relação com a família humana e as famílias concretas, pegando na ideia da Igreja como Mãe que acolhe e protege, e também como lugar de partilha de culturas e de serviço às pessoas, na totalidade da sua vida. O Bispo de Coimbra não deixou de fazer a analogia da ideia da Sagrada Família (Jesus, Maria e José) ser, também ela, uma família de migrantes, que precisou de encontrar um novo território para fugir à perseguição e à procura de melhores condições.
O Bispo de Coimbra apresentou, ainda, Jesus Cristo como o centro de toda a vida cristã, também o centro da família, como nos narram os evangelhos da infância. Nesse sentido, e falando mais especificamente da família, apresentou como alternativa à cultura ambiente, de desconstrução da família, a proposta cristã, em que Jesus é a fonte, o fundamento e a meta também da vida familiar! A celebração deste dia festivo, tal como tem acontecido nos anos anteriores, foi preparada com as comunidades cristãs da Unidade Pastoral.