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Artigo de Opinião: D. Dinis e D. Isabel de Aragão


Categorias: Opinião terça, 11 junho 2024

O Casamento e as suas influências

Num estilo dourado do ano de 1282, a Infanta D. Isabel de Aragão entra em Portugal, seguida de um magnífico e pomposo séquito.

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Presidido pelo Bispo de Valência, acompanhava-a, uma luzida embaixada de Barões e Cavaleiros, fidalgos a que não faltava o brilho intelectual e artístico dos trovadores.

Recebida, na fronteira de Bragança, pela flor da Aristocracia Portuguesa, atravessou as serranices de Trás-os-Montes, cortou as montanhas e vales do Douro e entrou pela província da Beira Alta.

Em Trancoso, seu noivo esperava-a.

Tremulavam ao longo dos adornos, as bandeiras de Portugal e Aragão, e o campo fora de portas, era um arraial engalanado e festivo.

Era o dia de São João dos Bem Casados e os noivos recebiam, na Igreja de São Bartolomeu de Trancoso, “As bênçãos Sacramentais” com as graças do Céu.

Foi Isabel de Aragão, a nossa Rainha Santa, dota de inteligência de caráter, de bondade que, sem dúvida, concorreu para o esplendor do reinado de D. Diniz que a louvou, numa “Canção de Amor”, dizendo:

“Erades boa para Rei”

A influência de El-Rei, D. Diniz na língua literária portuguesa, não se limita, porém ás suas canções de amor e cantigas de amigo, com algumas trovas de mal dizer.

É Ele que dá o maior impulso, ao desenvolvimento de uma prosa literária, ordenando que, todos os documentos oficiais deixem de ser escritos em latim para passarem a ser escritos em português.

Em 1 de Março de 1290, D. Diniz, funda os primeiros, Estudos Gerais, que estabelecem, no bairro de Alfama, para o Ensino das Artes, Direito Romano, Direito Canónico e Medicina.

Foi assim, que surgiu a primeira universidade portuguesa, transferida para Coimbra, em 1308.

D. Diniz, nasceu no dia 9 de outubro do ano de 1261.

A sua hereditariedade contribui para que se interessasse por poesia e cultura em geral.

Também D. Isabel de Aragão, tinha dotes de Medicina, o que pode ser comprovado com uma minuciosa visita ao seu túmulo, que se encontra em Coimbra, como é do conhecimento geral, na Igreja com o seu nome.

A saber, encontram-se escritos com receitas medicinais, feitas com produtos do reino.

A nossa Rainha Santa sempre mostrou devoção e carinho pelos pobres e doentes.

A lenda das Rosas, é um bonito tributo à sua bondade e carinho pelos que eram menos afortunados.