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Heitor Lourenço: “Quero que as pessoas se divirtam e sejam felizes enquanto assistem à nossa peça”


tags: Cineteatro Messias Categorias: Cultura, Entrevista quinta, 04 julho 2024

É a primeira vez que vem à Mealhada?

Como visitante obviamente que não. Gosto muito da zona da Mealhada e visito várias vezes.

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Quais as expetativas para esta peça na Mealhada?

As expetativas são altas.  Queremos que o público que assiste à peça Feliz Aniversário se divirta tanto quanto já se divertiram todas as pessoas que têm assistido a este espetáculo. Já estamos há oito meses em digressão pelo país e já realizamos cerca de 100 espetáculos, com salas esgotadas. Da nossa parte temos trabalhado arduamente para que as pessoas que vêm a peça se divirtam e sejam felizes.

O que mais o entusiasma no personagem que interpreta no Feliz Aniversário?

Antes de mais, é o facto de chegar a um vasto auditório e divertir as pessoas. Relativamente ao papel que desempenho posso dizer que é muito desafiante. É um personagem que se vê enredado numa situação muito complicada e durante a peça toda ele vai ter que se desenvencilhar dela. Muitas das vezes, o seu melhor amigo, Bernardo, interpretado por João Baião, em vez de o ajudar ainda faz pior. Para além disso, gosto de trabalhar com todos os colegas da peça, também nos divertimos muito.

Antes de entrar em cena tem algum ritual?

Desejo sempre que o espetáculo possa divertir e fazer felizes todas as pessoas que estão a assistir. Não acredito em superstições, na minha opinião não têm lógica nenhuma fundada. Quero fazer o meu trabalho em prol de um bom espetáculo e assim ter um mundo mais feliz. Aliás, acho que esta é a missão do teatro e sobretudo dos espetáculos de comédia. A diversão é muito importante, principalmente em épocas como as que vivemos. As pessoas precisam de momentos em que se libertem dos seus problemas nem que seja por uma tarde ou por uma noite. Enquanto assistem a esta peça as pessoas riem-se, divertem-se, libertam-se e saem até mais leves, espero até que encarem os seus problemas de outra forma.

Que outros hobbies ou atividades tem quando não está a representar?

Eu não sou uma pessoa de hobbies. Um hobby está associado a passar o tempo e considero todas as coisas que faço importantes, são parte da minha vida. Adoro ir ao cinema, gosto imenso de ler, isto é, tudo o que faço tem de acrescentar algo mais à minha vida.

Existe algum papel ou género de teatro que ainda não tenha feito e gostaria de experimentar?

Felizmente acho que não. A minha vida profissional sempre foi orientada para fazer todos os géneros teatrais. Já fiz teatro experimental, teatro pós dramático, teatro ligado às artes plásticas. Guardo uma imagem mental que me aconteceu em que estive a fazer uma revista no Parque Mayer e saí para fazer uma peça de Shakespeare no Teatro Dona Maria. Portanto, procuro fazer um pouco de tudo. Contudo, gostava de interpretar alguns papéis que não fiz, nomeadamente uma personagem no género musical que cante e represente ao mesmo tempo como por exemplo na Broadway ou musicais do Filipe La Féria.

Quais os próximos projetos?

Só acabamos a digressão da peça Feliz aniversário em janeiro. Até lá estou concentrado nisso. Todos os fins de semana estamos em sítios diferentes de Portugal o que para nós é importante. Uma das vantagens do teatro é a descentralização, o ir ter com as pessoas e estar em vários sítios exige tempo e algum sacrifício da nossa parte. Contudo, quando é feito com prazer e com uma equipa extraordinária como esta tudo se torna mais fácil. Não esquecendo que o facto de ter salas completamente esgotadas para assistir à nossa peça é compensador.