Maria João Cunha: “Sonho em ser uma das melhores tenistas portuguesas”

Com apenas 12 anos, Maria João Cunha, de Luso, já é considerada um jovem talento no ténis português. Foi com um enorme sorriso que deu uma entrevista ao Jornal e contou como começou esta paixão pelo ténis. Já foi convidada para o Centro de Desenvolvimento Nacional que é um projeto em que o principal objetivo é juntar os jovens talentos de cada zona para treinarem e assim, estimular a competição saudável. Atualmente ocupa o 6º lugar no ranking nacional feminino de sub12 e está no quadro principal nacional.

Neste momento, Maria João Cunha está a jogar no Jamor, em Lisboa, para a qualificação do campeonato nacional a convite do Clube do Hotel Dona Inês, de Coimbra, que iniciou ontem, dia 16 de julho e decorre até ao próximo dia 19.

Desde que idade começaste a jogar ténis?

Tinha 6 anos. Tenho uma prima que joga e gostava muito de a ver jogar. Experimentei e até então não saí mais do ténis.

Quem são as tuas inspirações no mundo do ténis?

A Francisca Jorge, uma das melhores tenistas portuguesas, e a Iga Swiatek, uma das melhores tenistas do mundo. Sigo ambas a nível de torneios e competições, aprendo ao vê-las jogar.

Quais os teus objetivos no ténis? E na escola?

No ténis tenho o sonho de ser uma das melhores de Portugal e jogar alguns Grand Slam. Na escola pretendo manter os bons resultados. Devido às minhas notas fui nomeada para o quadro de mérito na Escola Básica nº2 da Mealhada.

Para além do ténis, tens alguma profissão de sonho?

Sim, se por algum motivo o ténis não correr bem, quero ser fisioterapeuta.

Como é a tua rotina de treinos? Quantas horas?

Os meus treinos são de segunda a sábado ao fim do dia. A duração de cada treino pode ser entre uma a três horas. Treino no campo de ténis de Luso e na Mealhada para o Luso Ténis Clube. Às quartas feiras vou treinar para o Porto, porque foi convidada para o Centro de Desenvolvimento Nacional.

É difícil conciliar os treinos com a escola?

Sim. Às vezes tenho de faltar aos treinos para estudar ou vice-versa. Mas de qualquer consigo organizar-me para obter bons resultados tanto no ténis como na escola.

Participaste em algum torneio que tenha sido mais memorável por algum motivo especial?

Sim. Participei no torneio regional deste ano, em março, em Santa Maria da Feira e ganhei, (risos).

Ficas nervosa antes de entrar em campo para jogar?

Não, como já tenho mais experiência já não fico tão nervosa como no início.

Quem é a tua treinadora e como é a vossa relação?

A minha treinadora é a Joana Almeida e nossa relação é boa. Nos treinos ajuda-me a fazer algumas correções que eu faço mal. Após as competições envio-lhe mensagens para contar como decorreu o jogo.

Quais os maiores desafios que encontras diariamente?

Cada vez que jogo contra os que são considerados “melhores” para mim é um grande desafio. De qualquer forma, para mim são desafios superados porque, normalmente, obtenho melhores resultados.

Futuramente achas que esse desafio se vai manter?

Sim. Eu vou evoluir, mas tenho a noção que esses jogadores, “os melhores” também vão evoluir.

Relativamente ao campeonato individual sub 12, foi o primeiro em que participaste?

Foi o primeiro. Acho que podia ter corrido melhor, mas acho que joguei bem! Fiquei nos oitavos nos singulares, nos pares mistos alcancei os oitavos e nos pares femininos fiquei nos quartos de final.

Descreve em uma palavra o que é o ténis para ti.

Importante!!