Cidade de Coimbra - Distrito Português, situado na Beira Litoral
As origens históricas de Coimbra, remontam a um Castro Lusitânico sobre o qual se ergueu a cidade romana do “Aeminium”.
Ocupada por Serracenos, foi integrada, finalmente no domínio Cristão, em 1064 e, teve a categoria de Capital do Reino Portucalence, até à conquista de Lisboa, por D.Afonso Henriques.
Ao longo dos anos posteriores, teve projeção primacial em muitos momentos e aspetos da história de Portugal, refletida num património monumental, variado e rico de diversas épocas.
Por Coimbra, passaram grandes personalidades:
D.Diniz, que fundou os Estudos Gerais, em Lisboa, mais tarde transferidos para Coimbra, voltariam para Lisboa, e D. João III fixou-os, definitivamente, em Coimbra, como a primeira Universidade Portuguesa. D. Diniz, era um Rei muito ativo em vários aspetos: na literatura, no comércio, na relação com outros países e em aspetos económicos.
D. Isabel de Aragão: Rainha de Portugal e filha dos Reis de Aragão, casa com D. Diniz. Venerada pela sua imensa bondade e pela ação conciliadora que desenvolveu entre marido e filho, futuro Rei D. Afonso IV. A fama de alguns milagres que lhe são atribuídos, levam à sua beatificação por Leão X e posterior canonização por Urbano VIII.
Muitas outras pessoas, de grandes personalidades, passaram por Coimbra:
Santo António de Lisboa, pároco da Igreja de Santo António dos Olivais; Luís de Camões, autor de muitas obras e bem assim dos “Lusíadas”, a epopeia dos “Descobrimentos Portugueses”; São Bartolomeu e São Teotónio, o primeiro Santo português.
D. Afonso Henriques, poderá ser ou não de Coimbra, mas dorme o sono eterno em plena cidade, na igreja de Santa Cruz.
“A sua Universidade”
D. Diniz, em 1 de março de 1290, fundou os primeiros Estudos Gerais, que estabeleceu no Bairro da Alfama, em Lisboa, para o ensino das Artes, Direito Romano, Direito Canónico e Medicina. Foi assim, que surgiu a primeira Universidade Portuguesa, transferida para Coimbra, em 1308 por D. João III.
A existência da Universidade de Coimbra vai aos poucos transformando uma pacata cidade, numa importante cidade com muita gente de fora da urbe, tornando o ambiente muito mais movimentado.
Acorrem estudantes de todo o país e da Europa, o que torna Coimbra uma cidade mais cosmopolita. Desta forma, Coimbra começa a ser reconhecida pela “Cidade dos Estudantes”. A cidade também cativa muita gente para a exploração de negócios e serviços.
O rio Mondego, cujo nome nasceu de uma lenda, começa a fazer história com a sua beleza e encantamento das antigas tricanas, das lavadeiras e possíveis amores.
Os recantos, meio escondidos da cidade, começam a ser mais visitados e, posteriormente, a serem cantados.
As praxes surgem com certeza, por vontade de alguém, ou genuinamente, e enraízam-se no espírito estudantil.
Surgem as canções, os fados, as guitarras, as capas negras, as típicas repúblicas de estudantes, as latadas, a Queima das fitas, os Cortejos tradicionais, as Serenatas ao luar e uma vida diferente para cada estudante que, por vezes, poderá parecer boémia, mas é salutar, enquanto dura e deixa saudade quando acaba.
Quantas pessoas importantes que passaram por Coimbra e viveram naquele ambiente de fantasia, lá longe ou perto, exerceram e exercem, o ofício da área que escolheram, com o maior respeito e dignidade. Por outro lado, é notório o desenvolvimento da Cidade, com novos edifícios, igrejas e outras estruturas necessárias.
Cada estudante que parte, leva saudades da sua vida estudantil, que não mais vai esquecer.
“Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”
“E quem parte, saudades leva…”