Carnaval da Mealhada faz regressar a ‘Lei da Rolha’?
A assembleia geral do dia 12 de setembro ficou marcada por uma certa indignação por parte de alguns sócios, pelo facto de não se puderem pronunciar ou colocar questões sobre as contas apresentadas antes das mesmas serem aprovadas. “Primeiro votar e só depois discutir”, assim declarou ao Jornal da Mealhada fonte presente na reunião, que preferiu não ser identificada.
Mediante tal situação, o Jornal procurou perceber qual a opinião das Escolas de Samba face a tal imposição. Na opinião do presidente da direção da Escola Real Imperatriz, Gilberto Lima: “Não foi uma atitude eticamente correta, e de difícil perceção, que apenas se pudesse colocar questões sobre a apresentação de contas, após a aprovação das mesmas. Decisão que, após tanta polémica envolvida à volta deste assunto, deixa algumas dúvidas e suspeitas sobre a transparência em todo o processo.” Também a direção da escola Sócios da Mangueira se manifesta e refere “nunca tinha assistido a tal situação. Consideramos uma falta de respeito não só pelas pessoas presentes, mas também pela própria instituição que representam. Não nos revemos em tal decisão.”
De igual modo a direção da Escola de Samba O Batuque menciona: “Não concordamos com essa decisão, pois só mostrou que a ACB estava com receio das questões que pudessem ser levantadas e fizessem com que o relatório não fosse aprovado. E foi notória a falta de transparência, e em nenhuma assembleia que seja realizada se vê a apresentação de pontos sem que os mesmos não sejam discutidos. Sentimos que foi uma decisão unilateral, é como tivéssemos sidos proibidos de mostrar a nossa opinião.”
A Escola de Samba Amigos da Tijuca foi igualmente contactada, e mesmo após contacto por email, não obtivemos resposta.
O Jornal da Mealhada pediu à Presidente da mesa da Assembleia Geral da ACB, Carla Carvalheira, acesso ao relatório de gestão apresentado na assembleia-geral do dia 12 de setembro, mas o nosso pedido foi recusado, tendo-nos sido sugerido pela dirigente que contactássemos a direção da ACB. Depois desta recusa, o JM tentou contactar telefonicamente o presidente da direção da ACB, Alexandre Oliveira, mas também não obtivemos resposta. Salientamos ainda, que foi enviado um email para esta Associação com o pedido do mesmo relatório, contudo também não obtivemos resultados.