Alzheimer a Doença da Atualidade
Em toda Europa está a aumentar a esperança média de vida, as pessoas estão a viver mais anos, assistindo-se assim a um envelhecimento populacional progressivo. O mesmo acontece em Portugal.
O processo de envelhecimento envolve mudanças no indivíduo que poderão conduzir ao declínio cognitivo e físico pelo que existe a necessidade de uma adaptação física, psicológica e social do indivíduo e da própria sociedade (Lima, 2010). Este processo de degradação progressiva e diferencial afeta todos os seres vivos. É, assim impossível datar o seu começo, porque de acordo com nível no qual ele se situa (biológico, psicológico ou sociológico), a sua rapidez e gravidade variam de pessoa para pessoa.
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade.
É uma doença progressiva que mata lentamente as células nervosas do cérebro. Esta doença foi identificada pela primeira vez em 1907 pelo clínico alemão Alois Alzheimer.
Os sintomas mais comuns da Doença de Alzheimer são, a perda gradual da memória, o declínio no desempenho para tarefas do dia-a-dia, a diminuição do juizo crítico, a desorientação têmporo-espacial, mudança de humor, dificuldade em aprender coisas novas e dificuldades na comunicação.
O grau de comprometimento desta doença varia do tempo de evolução da doença e de pessoa para pessoa.
Para ser mais fácil o entendimento acerca da doença de alzheimer irei descrever as suas características em 3 fases distintas:
A Fase inicial caracteriza-se pela perda da memória recente, dificuldade em aprender e reter novas informações/ aprendizagens, dificuldade para realizar algumas tarefas do dia-a-dia, falta de cuidado com a aparência pessoal, alguma irritabilidade, desorientação no espaço e no tempo. Nesta fase os doentes ainda apresentam uma boa qualidade de vida social no seu geral.
Numa segunda fase a Fase intermédia o doente é completamente incapaz de aprender e reter novas informações. Torna-se cada vez mais dependente de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, de comunicação e começam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades básicas do dia-a-dia como alimentação, higiene, vestuário, etc.. Poderá também iniciar perda do controle da bexiga (incontinência).
Na fase final o doente está totalmente incapaz de andar, muitas vezes não comunica, tem Perda do controle da bexiga e do intestino (incontinência); dificuldades para engolir alimentos. Na maioria das vezes a causa da morte não tem relação com a Doença, mas sim com outros fatores ligados à idade avançada como as defesas do organismo em baixo.
É importante que os cuidadores destes doentes estabeleçam rotinas, incentivem-nos a serem pessoas independentes, a fazerem exercício físico, fazerem perguntas simples, devem também adaptar a casa e torna-la segura e sobretudo ter muita disponibilidade emocional para cuidar deles. Cuidar de doentes com Alzheimer é uma situação que exige muita energia física e mental.
Termino este meu artigo com uma frase do autor Friedrich Nietzsche “A vantagem de ter uma pessima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez” por isso cuidadores destes doentes nunca deixem de sorrir, enquanto cuida é possível que surjam sentimentos positivos e negativos, tanto relativamente à pessoa cuidada como relativamente a si próprio e estes sentimentos são naturais, lógicos e compreensíveis. Peça ajuda ao seu médico de família ou a um Psicólogo caso sinta essa necessidade.