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Cidade de Lisboa


tags: Corália Canas Categorias: Opinião quarta, 16 outubro 2024

A nossa capital fica muito bem situada, é rodeada pelas Serras de Sintra e Montejunto, com os Cabos Raso e da Roca.

Possui grande zona industrial de pesca e centros turísticos, nomeadamente Lisboa, Estoril, Cascais e Sintra.

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A sua situação geográfica, o clima ameno, as condições excecionais de um grande porto, com mais de vinte canais encostáveis, predestinaram Lisboa, desde remotos tempos, para ter um papel de relevo.

As suas origens, que partem de um castro neolítico, depois entreposto comercial fenício ganham maior importância com a ocupação romana mais tarde, ocupada por muçulmanos, foi integrada no Reino Nascente de Portugal por D. Afonso Henriques em 1147. No entanto, D. Afonso Henriques teve que travar uma duríssima batalha com os infiéis que habitavam aquela cidade e que era governada pela dinastia Almorávida.

D. Afonso I, que já havia declarado a independência de Portugal em relação ao Reino de Leão, procurava expandir o seu território e consolidar o seu reino, reconquistando Lisboa.

Ajuda de Cruzados: Em 1147, durante a segunda cruzada, uma frota dos cruzados da Europa, principalmente da Inglaterra, Flandres e Alemanha, estavam a caminho da Terra Santa. O Rei D. Afonso I viu aí uma oportunidade e convenceu os cruzados a se juntarem a ele, no cerco de Lisboa, prometendo-lhes os despojos da guerra.

Cerco: O cerco de Lisboa começou em julho de 1147. Foi uma batalha dura e prolongada. Os defensores mouros estavam bem fortificados, do centro da cidade e as forças portuguesas e dos cruzados tiveram que suportar doenças e fome durante meses de luta. No entanto, eventualmente conseguiram romper as muralhas da cidade.

“Queda de Lisboa”

Após meses de cerco, a cidade rendeu-se em 25 de outubro de 1147.

Muitos habitantes mouros fugiram ou foram mortos e a cidade foi entregue ao Rei D. Afonso I  e suas forças. Os cruzados foram autorizados a saquear a cidade, conforme acordado antes do cerco.

Consequências: Com Lisboa reconquistada, ela tornou-se numa das principais cidades do novo Reino de Portugal. A vitória marcou um ponto de viragem na reconquista para Portugal, permitindo que D. Afonso I fortalece-se o seu governo e expandisse o controle cristão mais a sul.

A reconquista de Lisboa não foi apenas um sucesso militar, mas também simultaneamente importante na reconquista cristã da Península Ibérica. Ela lançou as bases para que Lisboa se tornasse, mais tarde, na capital de Portugal e uma das cidades mais importantes da Europa.

Lisboa foi integrada no Reino Nascente de Portugal por D. Afonso Henriques em 1147.

É também em Lisboa que se cria, a vontade da independência do Reino e é também por lá que se estabelece a “Odisseia dos descobrimentos e da Expansão Territorial”.

Entretanto foi ali que nasceu o foco da independência em 1640. Infelizmente, a cidade foi profundamente destruída pelo terramoto de 1755, tendo morrido uma grande parte da população. Era Rei D. José I que tinha por Ministro o Marquês de Pombal, que teve a grande oportunidade de construir largas e bonitas avenidas, o que valorizou a já encantadora cidade de Lisboa, já há muito capital de Portugal.

D.Diniz, que foi um rei muito ativo em vários aspetos: na literatura, no comércio, na relação com outros países e em aspetos económicos, fundou os Estudos Gerais em Lisboa em 1 de Março de 1290, no Bairro da Alfama, para o Ensino das Artes, Direito Romano, Direito Canónico e Medicina. Entretanto, estes Estudos Gerais foram transferidos para Coimbra, por enquanto esta cidade obteve a categoria de Capital do Reino Portucalense até à conquista definitiva de Lisboa.

A nossa capital, na época moderna, possui largas avenidas, edifícios modernos e outras emblemáticas, belos parques, miradouros panorâmicos e, bem assim bonitas e importantes igrejas e outros edifícios, dignos de serem apreciados. Há que destacar a importância de dois monumentos de “Estilo Manuelino”, O Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, pela sua interligação aos “Descobrimentos”.

Também têm caraterísticas pitorescas, os bairros humildes que existem e que conservam o seu carater bairrista, e que são uma mais valia nos festejos de Santo António.

As marchas e os Casamentos de Santo António realizam-se no Feriado Municipal, em 13 de junho. Santo António, no entanto, não é o padroeiro de Lisboa, mas é um Santo Popular respeitado e, que tem dois atributos muito convincentes, é casamenteiro e milagreiro.

O padroeiro da cidade de Lisboa, é S. Vicente que nasceu em Espanha, em Saragossa e foi perseguido, torturado e morto, na sequência dos Éditos de Deocleciano. O seu corpo foi transladado para o Cabo de S. Vicente e mais tarde foi trazido para Igreja de S. Vicente de Fora. Há que citar uma lenda referente à transladação do corpo de S. Vicente para Lisboa, que refere que o corpo do santo, foi acompanhado por corvos.

O seu importante” aeroporto” recebe aviões provenientes de todo o Mundo, e o seu “porto” com vinte cais no Tejo, é uma atração para a navegação mundial.

Num passado recente, a nossa capital foi agraciada com dois grandes acontecimentos, “A Expo” e as “Jornadas da Juventude”.  A juntar aos importantes eventos, foram realizadas grandes e necessárias obras de expansão territorial.

Lisboa possui um charme discreto e uma diversidade de paisagens porquanto detém construções de várias “épocas”. Por consequência, tanto se pode navegar no Tejo, visitar Castelos e Palácios, ouvir fados nos bairros mais populares, com a sua própria gastronomia ou perder-se nas praias e parques naturais. Também na Arte existem Museus para todos os gostos. A gastronomia é outra das grandes surpresas, que pode ir de um manjar em hotel ou famosos restaurantes como se pode deliciar, com belos petiscos nos bairros populares ao som de um fado castiço.

Na nossa capital também se pode viajar para melhor conhecer com passeios a pé, de bicicleta, de elétrico, de tuc-tuc ou de automóvel. No intervalo dos passeios sabe sempre bem um belo pastel de belém, que é um doce dos deuses.

A nossa capital é considerada uma das cidades mais bonitas e acolhedoras do mundo.