“Se não és feliz com pouco, não és feliz com nada.”
Um, dos muitos e admiráveis escritos, deste grande Homem, que continuará a ser respeitado por todo o sempre, mesmo por aqueles que não advoguem determinados preceitos morais de estar no mundo.
A minha modesta homenagem é dar a saber o quanto o admiro.
José Alberto Mujica Cardona, é o seu nome, conhecido por “Pepe Mujica”, nascido a vinte de maio de mil novecentos e trinta e cinco em Montevideu Uruguai, considerado, a maior lenda viva.
Foi guerrilheiro revolucionário, contra a ditadura militar do Uruguai e, por tal, foi preso.
Esteve encarcerado durante doze anos, quase sempre em solitária, daí, os seus pensamentos escritos, existentes em todo o mundo.
Foi eleito Presidente da República do Uruguai, cargo que exerceu de dois mil e dez a dois mil e quinze.
Houve quem carinhosamente o apelidasse de “o presidente mais pobre do mundo”, pois que nunca viveu no palácio presidencial, mas sim, na sua casinha rural nos arredores de Montevideu, onde cultivava a terra.
Doou noventa por cento do seu salário, como presidente, a uma ONG que apoia mães solteiras e pobres.
Surpreende-se com o facto de Lúcia Topolansky, sua esposa, desde dois mil e cinco, conseguir fazer frente às despesas da sua casa, com rendimento tão curto, mas, acrescenta com um sorriso: vai chegando.
“Nós, políticos, temos que viver, como vive a maioria, e não como vive a minoria”, afirmava.
No fim do seu mandato não se recandidatou, dizendo: “Eu só terei feito bem o trabalho, se quem vier a seguir, o fizer melhor ainda”.
Já lá vão muitos anos, em que eu escolhi uma das suas reflexões, a qual, para mim, é um desabafo, duma triste realidade, motivada apenas pela ignorância: “O pior inimigo de um pobre, é outro pobre, que se acha rico e que defende aqueles, que os tornam pobres”.
Estou ciente de que no mundo actual, onde prevalece a indiferença, ainda existe solidariedade, ainda existe amor pelo próximo, pois, caso contrário, não vale a pena viver-se nesta terra de ninguém.
Sei bem o que são os escolhos da vida e o quanto são difíceis de ultrapassar, mas consegui.
Daí, sinto-me um privilegiado, por ter tido sempre uma cama para dormir, ao contrário de tantos e tantos e, acreditem, que nunca planeei ter mais uma.
A minha geração foi uma das mais sacrificadas, mas, mesmo assim, nunca foi o suficiente, para que não surgissem grandes homens, grandes mulheres.
Muitos, desprezaram e perderam a própria vida, por lutarem por um ideal, em que a sua recompensa, era que o Sol fosse repartido por todos e não só por alguns.
O meu pedido fervoroso, vai para que: Se neste mundo tem que forçosamente existir a fome, então que Deus a distribua por todos.