
Nunca almejei ser espectadora da vida
Exerço o voto seguindo a linha da minha vontade
- Persigo o que sinto como meu, não o que é alheio -
Às vezes, a noite acelera a agridoce ferida
Quando reflito sobre o preço da liberdade.
Todos os dias me apaixono pela melodia da natureza
Esqueço o fútil das pessoas, mas não a sua intrínseca beleza
Aprecio a crença da simplicidade e da intensidade
E o ato de amar com calma e com responsabilidade.
Sou adepta das regras e do radicalismo da rotina
Apologista do mesmo método, seguindo trilhos diferentes
Fujo da monotonia e dou lugar à aventura da sina
Acolhendo por vezes, destinos intermitentes…
O desafio é constante, sem olhar a grandes ensaios
Afino a estratégia ao compasso da ampulheta
Permito-me falhar sem recuar, não há lugar para desmaios
Há sempre uma passagem de ouro secreta.