Biblioteca Municipal de Cantanhede apresenta exposição sobre “Instrumentos de Iluminação”
“Instrumentos de Iluminação” é o nome e o mote da exposição que estará patente na Biblioteca Municipal de Cantanhede até ao próximo dia 28 de fevereiro. Constituída por 43 luminárias, a exposição pretende dar a conhecer a evolução da iluminação ao longo do tempo, desde a descoberta do fogo, no Neolítico, até à atualidade, com especial foco nas diversas candeias a azeite, palmatórias de velas, lanternas, candeeiros a petróleo, carbureto, eletricidade e gás.
De acordo com a autarquia cantanhedense esta exposição vai conduzir os visitantes numa viagem pela história da iluminação. A primeira paragem decorrerá no Neolítico, período da história no qual o homem descobriu a técnica para produzir o fogo, usando pedras que batia umas contra as outras, provocando faíscas.
A viagem prossegue e levará os visitantes até ao momento em que o homem passou a usar a gordura animal como fonte de energia, guardando-a em conchas, chifres e em pedras com cavidades naturais, uma vez que se apercebeu que a carne que caçava, quando cozinhada sobre as brasas, libertava um líquido que tornava o fogo maior. Os locais usados para guardar a gordura animal, chamavam-se lucernas e a respetiva utilização decorreu durante milénios.
Entretanto, muito mais tarde, o homem conheceu no barro, na cerâmica e nos metais as matérias-primas necessárias para produzir novos instrumentos de iluminação. Para além disso, o homem foi aprimorando os combustíveis para produzir luz, tendo surgido a cera, de origem animal e vegetal e o azeite como fontes de energia.
Com a inovação das fontes de energia, o homem teve que criar novos suportes de luz, nomeadamente para as velas, e por isso na exposição podem ser encontrados castiçais, candelabros e lanternas.
Chegados a 1780, é criada e patenteada pelo físico e químico Aimé Argand a lâmpada de Argand. Este invento terá melhorado a iluminação doméstica, funcionando a óleo, nomeadamente o espermacete ou óleo de baleia, dando uma luz equivalente a cerca de 6 a 10 velas.
No século XIX, cerca de 1850, surgiram os candeeiros a petróleo, utilizados a título domiciliário, os quais também podem ser vistos na Biblioteca Municipal de Cantanhede. Este tipo de iluminação trouxe mais luz que os sistemas anteriores e foi considerado o dispositivo de iluminação preferido, uma vez que tornou a iluminação mais barata, através da utilização de óleos, tais como o de baleia. Entretanto, as lanternas foram evoluindo e generalizou-se a utilização de combustíveis como o carbureto, o querosene e o gás.
Anos depois surge a lâmpada elétrica incandescente, pelas mãos de Thomas Alva Edison. Estas lâmpadas foram o primeiro dispositivo que permitiu utilizar eletricidade para iluminação. Com o passar do tempo foram evoluindo e surgiram a fluorescente, a de halogénio, a de néon, a de vapores e, agora, a LED, que significa “díodo emissor de luz”, traduzido do inglês “Light Emitting Diode”.
Cantanhede é, então, o porto de embarque na história da evolução da iluminação até ao dia 28 de fevereiro, através da colaboração de colecionadores da região e do Museu Regional e Etnográfico – Rancho Regional “Os Esticadinhos”, que cederam os objetivos expostos na referida exposição.