Biblioteca Municipal de Mortágua celebra 15 anos e oferece programa recheado de atividades

Desde 28 de fevereiro de 2004 que a Biblioteca Municipal de Mortágua está ao serviço da população com a missão de promover a leitura e o livro, a cultura e o conhecimento, a informação e o lazer. Comemoram-se, por isso, 15 anos de existência e, como tal, ao longo do mês de fevereiro, a biblioteca apresenta um programa cultural repleto de atividades, enaltecendo os livros, a leitura, a música, a arte e até a gastronomia.

As atividades terão inicio hoje, pelas 21h30. Carlos Marques, contador de histórias, é o primeiro convidado deste programa celebrativo e estará na Biblioteca Municipal para apresentar o seu mais recente projeto, intitulado “Contos Cantados”. Carlos Marques é formado em Estudos Teatrais, pela Universidade de Évora e pelo Institut del Teatre, em Barcelona, e depois de ter trabalhado como ator em várias estruturas teatrais, dedicou-se a contar e cantar histórias “da nossa tradição oral, recorrendo a formas ancestrais de comunicação como o riso e a música. A palavra é o som e a música é história”, garante a autarquia mortaguense em comunicado de imprensa.

Segue-se uma atividade ligada à gastronomia. No dia 6 de fevereiro decorrerá um Workshop de Chocolate, dinamizado por Armanda Lourenço, formadora do Chocolate Amor Perfeito. Com esta atividade os participantes vão aprender a fazer bombons de forma artesanal.

No programa celebrativo do aniversário da Biblioteca Municipal a música não está de parte. O Quarteto de Jazz Victor Martins sobe ao palco no dia 15 de fevereiro, para que um jovem mortaguense mostre a qualidade vocal que o caracteriza.

Perto do final do mês, no dia 23, será Lucrécia Alves a anfitriã da “festa”. A contadora de histórias irá, literalmente, “desenrolar” narrativas, uma vez que “conta histórias através dos fios de lã ou crochet, onde as crianças e pais fazem parte do conto”, adianta a autarquia em nota de imprensa. Lucrécia Alves é licenciada em Ciências Sociais, é formadora certificada na área das expressões, é artista plástica e tem experiência na encenação de peças de teatro com crianças e orientação de ateliers artísticos. É co-autora do livro “Brinquedos – Criatividade, Pedagogia e Ambiente” e montou o projeto da construção de uma ludoteca na Ilha do Sal, em Cabo Verde.

Gonçalo Cadilhe, escritor conhecido do público pelos livros e crónicas de viagens da sua autoria estará na Biblioteca Municipal de Mortágua no dia 26 de fevereiro. O escritor nasceu na Figueira da Foz, em 1968, local onde continua a residir quando não está em viagem pelo mundo. É autor de três documentários televisivos e vários livros de viagens. A autarquia mortaguense recorda que “em 2003-2004 deu uma volta ao mundo sem aviões, em 2007 deu outra seguindo a rota de Fernão de Magalhães e em 2008 outra ainda, seguindo as suas ondas de surf preferidas”.

O dia da inauguração da Biblioteca, 28 de fevereiro, será marcado pela presença de Rodolfo Castro, escritor e contador de histórias, natural da Argentina e residente em Lisboa há vários anos. “O pior contador de histórias do mundo”, tal como se autointitula, é tido como mais do que um convidado, “é já um amigo e conhecido da Biblioteca Municipal”, tal como afirma a edilidade, que garante que Rodolfo Castro é “um exímio e hábil contador de histórias”, prendendo a atenção de jovens e adultos. O escritor tem obras publicadas em vários países, nomeadamente em Portugal, no Brasil, México e Espanha. É formador na área da medição da leitura, da leitura em voz alta e narração oral.

Além dos convidados e iniciativas apresentadas, a Biblioteca Municipal de Mortágua terá patente uma exposição retrospetiva das atividades e dos eventos desenvolvidos ao longo dos 15 anos de existência. A par desta exposição, estará também disponível ao público, durante todo o mês de fevereiro, uma mostra de carteiras de senhora. É uma coleção exclusiva da autoria de Irina Pires, “com a particularidade de ser alusiva ao livro e à leitura”, refere a autarquia mortaguense. Designer de acessórios de moda, Irina Pires alia o trabalho manual, muito baseado nas antigas costureiras, com a criatividade e o experimentalismo em termos de materiais, técnicas e temas, “de que resultam peças muito originais e únicas”, assegura a edilidade.

Estes são, para já, os eventos em agenda, no entanto, a Biblioteca Municipal diz ter “previsto dinamizar outras ações inseridas nestas comemorações” ao longo do ano.

Fotografia: Gonçalo Cadilhe, escritor de livros e crónicas de viagens.