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Crianças do Centro Escolar da Pampilhosa plantam sobreiros na ECO Quinta Villa Maria


tags: Crianças, Crianças, Pampilhosa, Plantação, Crianças, Pampilhosa Categorias: Região sábado, 16 fevereiro 2019

A manhã de dia 14 de fevereiro foi de contacto com a natureza e de plantação de árvores para as 36 crianças do Centro Escolar da Pampilhosa, que se deslocaram à ECO Quinta Villa Maria – Turismo de Natureza, localizada na Vila da Pampilhosa. No âmbito do projeto Clim’Agir as turmas P1A e P1B, orientadas pelos professores Pedro Mortágua e Marlene Lopes, consolidaram os ensinamentos obtidos nas sessões de sensibilização para as alterações climáticas, tidas em sala de aula, com a plantação de 30 sobreiros.

“Entusiasmados e preparadíssimos”, foi assim que a professora Marlene Lopes adjetivou o estado de espírito das crianças, antes de chegarem à ECO Quinta Villa Maria.

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Clim’Agir promove sessão de sensibilização antes da ação de plantação

Antes dos jovens plantadores voltarem a encontrar a mascote do projeto Clim’Agir (o Bolotas), com quem já tinham estado no âmbito da deslocação à escola, para a sessão de sensibilização, Ana Rodrigues, técnica do referido projeto, explicou ao nosso jornal qual o trabalho que já tinham desenvolvido com os alunos do 1º ano presentes nesta ação de plantação, “dentro da sala de aula desenvolvemos a temática das alterações climáticas, falámos do que se passa, principalmente aqui na nossa região, o que é que nós podemos fazer para mudar o que temos e depois, através disso, temos, então, a ação de plantação para assim melhorar a nossa floresta portuguesa e regional também”.

No âmbito da sessão dinamizada pelos técnicos da Clim’Agir, a professora Marlene Lopes recordou que foram entregues 30 sobreiros aos alunos, que não tendo espaço para fazer a respetiva plantação em casa, levaram os professores a pensar num outro local para fazer a plantação. “Em conversa com o meu colega decidimos contactar a Sónia (gestora da ECO Quinta Villa Maria). Sabíamos da existência deste projeto da Villa Maria e sendo que ela ficou agradada com a nossa proposta, então viemos todos plantar aqui o nosso sobreiro”.

Em declarações ao nosso jornal, Sónia Nabais disse conhecer e seguir o projeto que deu origem a esta plantação, “para nós é muito importante este tipo de projetos”, assumindo a relevância de acolherem na Villa Maria o Clim’Agir e as crianças, para assim fazer cumprir o objetivo de fazer da quinta um “espaço de edução ambiental”. 

ECO Quinta Villa Maria pretende ser um “espaço de educação ambiental”

Sónia Nabais lembrou também que ”a Vila da Pampilhosa é muito antiga e esta é a zona mais antiga da vila, onde moram pessoas com alguma idade e é preciso educar as pessoas para perceber o que podem fazer, por mais simples que seja, por exemplo, não deitar o lixo para o chão, não deitar entulho nos lagos, nas poças, que é o que tem acontecido”. “Para nós é muito importante haver esta interação com as crianças, porque elas são aqui da Pampilhosa, portanto vão transmitir aos pais e isso para nós é fundamental”, termina Sónia Nabais.

Marlene Lopes também considera este tipo de interação com a natureza essencial para a formação social e académica das crianças, “eu acho que a escola tem que se abrir muito mais vezes ao meio e sair de portas, para que possam fazer atividades diferentes, porque estar na escola não é só aprender a ler e a escrever, também é saber tratar bem a natureza”. A docente entende também que “os meninos precisam mesmo de vir para o meio da natureza, porque eles não vêem por norma”, algo que Marlene Lopes se apercebe até pelo cansaço que as crianças transpareceram na deslocação até ao local da plantação.

“Estar na escola não é só aprender a ler e a escrever, também é saber tratar bem a natureza”, Marlene Lopes, professora

Chegados ao local foi com o Bolotas que as crianças tiveram o primeiro contacto, depois de tomarem uma pequena refeição, perfilaram-se para ajudar os professores e os técnicos da Clim’Agir na plantação dos sobreiros, única árvore autóctone que está a ser entregue nos locais por onde tem passado este projeto.

Sem datas, neste momento, para futuras plantações em qualquer um dos municípios pertencentes à Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), entidade responsável pela dinamização do projeto Clim’Agir, Ana Rodrigues lembra que já foram distribuídos alguns sobreiros por vários alunos, “alguns levaram para casa para plantar com os pais, outros fazem ações de plantação, tal como a de hoje (dia 14 de fevereiro) e outros fazem mesmo a plantação dentro da escola”. A técnica do projeto disse-nos também que, no passado dia 24 de janeiro, foi feita outra ação de plantação, de cerca de 13 sobreiros, com alunos do ensino secundário, no Parque da Cidade da Mealhada.

Quando questionada sobre a forma como são conduzidas as ações de sensibilização nos vários níveis de ensino, Ana Rodrigues esclarece, “no 1º ciclo começamos por contar uma história, fazemos pequenos jogos com eles e depois entregamos, em interação com a mascote, o sobreiro”, no que se refere ao 2º e 3º ciclos “é sempre dentro da mesma temática. Há uma apresentação em PowerPoint, há outro tipo de vídeo, e com o secundário é mais científico, porque eles já pedem outro tipo de abordagem”.

Ana Rodrigues disse ainda ao nosso jornal que os comentários que têm recebido de professores e alunos à passagem da Clim’Agir pelas escolas têm sido “muito bons” e justifica “porque é uma temática do presente, que já está a ser trabalhada nas escolas e que, com a nossa visita, vimos reforçar”, conclui.

 

Fotografias: Bolotas, mascote da Clim’Agir, recebe crianças na ação de plantação