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Coligação questiona executivo sobre o “número excessivo” de lombas no concelho


tags: Lombas, Caminhos, Reunião de Câmara Categorias: Região quarta, 20 fevereiro 2019

A Coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada” levou à ultima reunião de câmara aquela que consideram ser a problemática atual do concelho: o número excessivo de lombas. Sónia Branquinho, vereadora da Coligação despoletou o assunto questionando Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, sobre qual o critério de colocação e qual a tipologia de materiais utilizados.

“O nosso concelho tem muitas lombas”, começa por dizer Sónia Branquinho, referindo-se também aos materiais de que são feitas, para mostrar o desagrado de algumas pessoas com quem diz ter falado sobre a instabilidade da circulação, “algumas são feitas de cimento outras são de betão armado”, afirmou.

Rui Marqueiro foi perentório ao responder à vereadora do “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, “não há nenhuma lomba no município que não tenha sido pedida”. O autarca esclareceu que os pedidos “às vezes chegam por escrito”, reclamando o excesso de velocidade em algumas zonas. Esclarecendo que “não há nenhum critério científico” para a colocação das lombas, o líder do executivo explica “o nosso engenheiro observa o tráfego, vai para o local e vê a necessidade de colocar a lomba”.

Esclarecido o critério da colocação das lombas, Hugo Silva, líder da Coligação, reclama os materiais de algumas que estão colocadas no concelho, “o problema está naquelas que são transpostas a 30 km e que, mesmo assim, vão danificando os automóveis”.

Sónia Branquinho pediu alternativas quanto aos materiais usados na construção das lombas para evitar o desconforto sinalizado, ao que Rui Marqueiro respondeu que apenas via uma solução “aplicar um barramento a tinta, mas essa opção provoca um barulho ensurdecedor para o condutor” e garante “mesmo no estrangeiro, nunca ouvi falar de outro tipo de solução”.

Consciente de que a resolução não passa pela colocação de sinalética, uma vez que nos devidos locais já existe limitação de velocidade a 50 km/h com o respetivo sinal, Rui Marqueiro faz menção às transgressões do limite de velocidade que, segundo referiu, rondam os 100 km/h, constituindo perigo para os peões. Sobre esta temática Sónia Branquinho afirma que há ausência de passeios, mas Rui Marqueiro diz que não é solução “há pessoas que não percebem, vão por cima dos passeios até ao parque de estacionamento e quando os condutores têm este tipo de comportamento…”.

Doravante, o presidente da Câmara Municipal da Mealhada assegura “qualquer pedido para colocação de lomba vou trazê-lo aqui para decidirmos”, recordando que no caso concreto da Pampilhosa “nunca lá mandei por uma lomba que não tivesse sido pedida insistentemente”.

Coligação questiona papel da Câmara na recuperação dos caminhos florestais na Pampilhosa

Hugo Silva, líder da Coligação, deu conta ao executivo da impossibilidade de transitar nos caminhos florestais “na parte de trás do Alto de Santo António, na Pampilhosa”. Guilherme Duarte, vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, reiterou a informação trazida pelo líder da Coligação “aquele era um caminho em que se andava facilmente de carro e agora nem a pé”.

O vereador da oposição atribui essa situação a “algum desmazelo de quem utiliza aqueles caminhos”, questionando ainda o executivo sobre a possibilidade do mau estado das vias poder estar associada às “intervenções para a gestão de combustível”.

Rui Marqueiro clarifica “não temos nada adjudicado a terceiros”, mas não descarta a possibilidade de poder intervir na melhoria dos caminhos, algo que só irá fazer depois de “falar com a Junta de Freguesia”.