Diretor: 
João Pega
Periodicidade: 
Diária

Violência Doméstica esteve hoje em análise no Município de Cantanhede


tags: Cantanhede, Sessões, Debate Categorias: Região sexta, 01 março 2019

Hoje decorreu a primeira de três sessões cujo objetivo é avaliar e intervir para combater o fenómeno de violência doméstica. A iniciativa tem a chancela do Núcleo de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica (NAVVD) de Cantanhede, da Associação Fernão Mendes Pinto, em parceria com o concelho local de Ação Social de Cantanhede.

 

PUB

Daniela Moreira, advogada e consultora jurídica do NAVVD de Cantanhede, foi a primeira das três oradoras que vão desconstruir alguns temas que têm que ver com o apoio a vítimas de violência doméstica.

“Vítimas Especialmente Vulneráveis – Abordagem Psicossocial e Jurídica” foi o tema lançado a debate hoje por Daniela Moreira, que tem também uma larga experiência no atendimento às vítimas de violência doméstica tendo, inclusivamente, integrado a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.

Para a advogada o conhecimento do “apoio jurídico é indispensável para dar resposta às vítimas”, acrescentando que “a vítima pode ser cada um de nós” e o trabalho em rede “é fundamental”.

Nesse sentido, os temas abordados nesta sessão foram: “regime jurídico e demais legislação aplicável à prevenção da violência doméstica; proteção e assistência das suas vítimas; vítimas especialmente vulneráveis – conceito; consequências da atribuição do estatuto, direitos e aplicabilidade; regime de maior acompanhado; e formas de intervenção.

Concluída a intervenção de Daniela Moreia, a advogada sublinha a importância do NAVVD de Cantanhede dar continuidade ao trabalho que tem vindo a fazer, porque “Cantanhede também tem vítimas de violência doméstica”, afirmou.

Adérito Machado, vereador da Câmara Municipal de Cantanhede, marcou presença na primeira sessão do ciclo de formação sobre como combater o fenómeno de violência doméstica, a par de Marta Santos, coordenadora do NAVVS de Cantanhede.

“A lógica destas ações não é a especialização, mas sim dar os conhecimentos mínimos e as ferramentas para que seja possível a todos e a todas, que trabalham diretamente no atendimento ao público, ter a possibilidade de fazer uma apreciação, uma triagem e uma sinalização para os serviços mais especializados no atendimento da violência doméstica”, explicou Marta Santos nesta sessão. A coordenadora do NAVVD de Cantanhede continuou dizendo, “estamos a dar continuidade ao plano de ação do NAVVD de Cantanhede. Trata-se de uma questão imperativa a constituição do trabalho em rede e a melhoria do grau de conhecimento dos diferentes profissionais sobre a questão da violência doméstica”.

O auditório do Museu da Pedra do Município de Cantanhede voltará a ser palco de mais duas sessões de debate, nomeadamente a 15 e a 29 de março. A 15 o tema será “Consequências da Vitimação e Boas Práticas para Prevenir a Revitimização” e a 29 de março será “Fatores de Risco, Avaliação e Gestão de Risco na Violência Doméstica e Plano de Segurança Pessoal”.