Entrevista a João Santos, presidente da União das Freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes
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João Santos é o homem que está à frente da freguesia que muitas vezes se confunde com a Câmara Municipal: a freguesia da sede de Município e, neste caso, da União das Freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes. Pegou nos destinos desta superfreguesia em 2013 e chega-se à frente nas próximas eleições autárquicas.
“Numa freguesia há muito trabalho, e neste mandato claro que vão ficar coisas por fazer, ficam sempre”, afirmou João Santos, acrescentando que já foram requalificados chafarizes que estavam abandonados há vários anos, peças estas de inteira responsabilidade da Junta. O principal é o que figura numa das entradas do Parque da Cidade da Mealhada, este um “marco da identidade da Mealhada” que ainda não foi intervencionado, mas que será completamente restruturado brevemente.
Apesar de obras de betão serem muitas, o presidente da única União de Freguesias do concelho da Mealhada, destaca ainda a reposição dos bustos de bronze que homenageiam pessoas que foram importantes para o concelho e que, por isso, “merecem ser dignificadas”.
“Cumprimos a promessa de colocar todas as infraestruturas necessárias ao Cemitério Novo da Antes, bem como melhorias no antigo. Em Arinhos colocámos casas de banho públicas conforme foi prometido também, somos responsáveis pela limpeza dos loteamentos, jardins e passeios, e de toda a freguesia em geral”, afirmou João Santos.
A remodelação do edifício da Junta de Freguesia é outra das intervenções da Junta, para dignificação do espaço e com futuras melhorias no edifício, faseadas, pela impossibilidade financeira de realizar tudo ao mesmo tempo. Os lavadouros de Sernadelo, o Lago do Sume na Antes e o parque infantil no loteamento da Quinta do Vale, na Póvoa da Mealhada, são outras obras não esquecidas, assim como o Largo Dr. António Antunes Breda, a Rua Dr. António Dias dos Santos e o Largo de S. José. Foi feita a reposição de água potável em todos os chafarizes de Ventosa do Bairro, estando estas obras quase todas acabadas e outras em fase de acabamento. Foi feita também manutenção em todo o património da freguesia. De referir também que pelo facto de se ter criado uma nova freguesia a partir do zero, houve necessidade de organizá-la administrativamente, assim como na organização dos trabalhos exteriores com a aquisição de várias máquinas e ferramentas, as quais não existiam.
“Sou presidente a meio tempo, mas funciono a tempo inteiro e meio. Isto porque é importante que as pessoas se sintam bem no sítio onde moram. Tivemos que aprender a trabalhar com aquilo que tínhamos e quem vier a seguir aconselho a que faça o mesmo”, disse, acrescentando ainda que o assunto da possível desagregação das freguesias (agora unidas) é um assunto que já não está tão presente no dia-a-dia das pessoas nem na organização das localidades. João Santos acredita ainda que uma equipa de uma Junta de uma União de Freguesias só faz sentido se existirem elementos de todos os locais.
Outra das competências de uma Junta de Freguesia é a manutenção dos caminhos vicinais, e a União faz com que todos estejam funcionais, tendo em conta a importância que têm para a população, não só para a passagem de alfaias agrícolas e tratores, como da própria passagem de pessoas.
“A minha vida privada fica de parte porque, ao assumirmos este compromisso, ele fica sempre à frente. Ser presidente de Junta nesta situação é algo que gosto de fazer, se calhar não me encaixava noutro tipo, porque todos os dias isto é um desafio. Todos os problemas que vão surgindo são resolvidos. E eu passei de persona non grata, não eu, João Santos, mas a figura do presidente da Junta recentemente eleito para uma União de freguesias, e que foi contestada inicialmente, a uma pessoa que é bem recebida por toda a gente”, concluiu.