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Câmara Municipal de Cantanhede fecha 2018 com resultado líquido de 4,5 milhões de euros


tags: Cantanhede, Relatório, Gestão Categorias: Região terça, 23 abril 2019

Os números foram dados a conhecer ao executivo na reunião de câmara do passado dia 16 de abril, através do Relatório de Gestão de 2018, que contou com seis votos a favor e uma abstenção. Na introdução do referido documento, Helena Teodósio, presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, refere que os indicadores mencionados “mostram bem o alcance da consolidação financeira realizada em 2018. ”

A autarquia cantanhedense fechou o ano 2018 com um resultado líquido de 4.646.859 euros, valor que segundo referem “reflete um aumento de cerca de 70% em relação ao obtido em 2017 e que influenciou o acréscimo dos fundos próprios em 5,6 milhões de euros, para 92,1 milhões de euros”. Para além do referido aumento de 2017 para 2018, o Relatório de Gestão do ano transato faz referência, também, à diminuição do passivo em 3.135.084 euros e ao aumento do ativo em 2.457.432 euros, para 119 milhões de euros.

Neste documento, a redução da dívida de médio e longo prazo também foi enfatizada. Segundo se refere em nota de imprensa veiculada pela edilidade, essa diminuição é de 2.963.375 euros, “um decréscimo estrutural de 27,63% em relação a 31 de dezembro de 2017, sendo de destacar também a descida de curto prazo, que baixou 350.847 euros, um abatimento de 8,43% na existente no final do exercício anterior”.

Helena Teodósio afirma que “especialmente relevante é, igualmente, o nível de poupança corrente alcançada”, adiantando que no ano passado foi libertado da receita corrente um total de 7.296.274 euros, para aplicação em investimentos. Situação que levou a autarca a afirmar que o município tem um “bom nível de eficiência na gestão das operações e um efetivo controlo orçamental da despesa”.

Conforme se refere em nota de imprensa, “à semelhança do que aconteceu em 2017, a autarquia cantanhedense efetuou o pagamento da totalidade das faturas recebidas até 31 de dezembro de 2018”, o que para a autarca representa “uma disponibilidade de tesouraria muito favorável e que de resto está expressa nos 20 dias de prazo médio de pagamento a fornecedores, menos quatro do que em 2017”. Por outro lado, Helena Teodósio destaca, ainda a propósito da apreciação às contas de 2018, “o aumento de 861.173 euros em obras e infraestruturas e a diminuição das amortizações com o serviço da dívida em 358,564 euros”.

Quanto à subida da despesa corrente em 447.890 euros, Helena Teodósio explica que ela “resulta, fundamentalmente, da regularização dos trabalhadores com vínculo precário, do acréscimo dos encargos decorrentes do descongelamento das carreiras e do aumento dos valores das prestações sociais, situações que tiveram como contraponto um decréscimo apreciável na aquisição de bens e serviços, em 411.330 euros, e a diminuição dos custos com o serviço da dívida”.

Em suma, Helena Teodósio considera que “em 2018, houve uma melhoria substancial nos principais indicadores económico-financeiros, muito em função do rigor no planeamento e na execução do orçamento, o que adquire ainda maior significado se tivermos em conta que houve necessidade de implementar algumas medidas adicionais para fazer face a certas situações imprevistas causadas por decisões da Administração Central e por outros fatores decorrentes da atividade económica do País”.