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Campeonato Europeu de Hóquei Feminino - Titulo exige jogo até ao último minuto


Categorias: Região quarta, 17 outubro 2018

O último jogo do Campeonato Europeu de Hóquei em Patins Feminino, que defrontava Portugal e Espanha, realizado no passado dia 13 de outubro, foi suspenso devido às consequências da passagem do furacão “Leslie”. A prova, que já não se realizava em Portugal desde 2005, ficou marcada por quebras na iluminação e queda de pedaços do teto no terreno do jogo e nas bancadas, estando ainda por conhecer qual a seleção vencedora da competição.

Na manhã de dia 14 de outubro, a Federação Portuguesa de Patinagem (FPP) divulgou que “o jogo entre a Seleção Nacional e a Espanha foi suspenso com praticamente dois minutos por jogar, devido aos estragos provocados pelo furacão “Leslie” na cobertura do Pavilhão Municipal da Mealhada”. Na mesma notícia, avançada pela FPP, esclarecem “a partida esteve primeiro interrompida por quebra na iluminação e, quando foi retomada, por pedaços de teto que caíam no terreno de jogo e sobre a bancada”. Situações que levaram à interrupção imediata do jogo e à evacuação das pessoas, por razões de segurança.

Tendo em conta os acontecimentos do jogo de Portugal e Espanha, o World Skate Europe Rink Hockey, entidade organizadora do evento, avançou na madrugada de dia 14 de outubro, em comunicado oficial, que “a atribuição do título de Campeão Europeu Feminino está suspensa”, tendo sido adiada a decisão sobre a atribuição do título para dia 15 de outubro. Nessa data a organização do campeonato pronunciou-se em comunicado para a FPP e a Real Federación Española de Patinaje, “para a atribuição do título de Campeonato Europeu Feminino 2018, é necessário jogar o último 1 minuto e 45 segundos da partida, no Pavilhão da Mealhada. Ambas as federações terão que comunicar a sua disponibilidade, com a maior brevidade possível, ao World Skate Europe Rink Hockey. Caso não haja concordância, o título pode não ser atribuído”. A FPP já se pronunciou sobre esta decisão dizendo que “pretende cumprir o tempo em falta de jogo. Vontade essa que demonstrou na altura e locais próprios, essa vontade é a manifestação do respeito pela Modalidade, pelas instituições envolvidas e sobretudo por todas as atletas presentes em pista”.

O último título conquistado pela seleção das quinas foi há 17 anos e, na primeira conferência de imprensa do campeonato, Carlos Pires, selecionador nacional, disse à FPP que tudo fariam para alcançar um desfecho diferente este ano, “nós estamos agarrados à história, embora a história faça parte daquilo que nos antecede” e prossegue “com grande valia todas tentaram contrariar essa história e esta é uma equipa em que nós depositamos toda a confiança” para que “a história seja diferente desta vez” e para “que isso aconteça nós vamos dar tudo por tudo para que seja totalmente diferente”.

Recordamos que a Seleção Nacional começou a competição a golear a Inglaterra, por 13-2 e com a capitã da equipa, Marlene Sousa, a realçar a motivação que tinha para este campeonato, “não há motivação maior do que representar o nosso país”. Uma motivação que se manteve ao longo dos restantes jogos, repetindo-se a superioridade de Portugal frente à Alemanha, seleção à qual ganhou por 4 bolas a 1, à França, com um resultado de 8-2, à Itália, por 5-0, e à Suíça, com 8 bolas a 0.

Carlos Pires, selecionador nacional, esperava “um jogo muito competitivo” na final contra a Espanha, sabendo que se defrontavam “duas grandes seleções, que nos últimos anos, tanto a nível europeu como mundial, estão presentes nos momentos decisivos”, referiu em declarações à FPP. Neste último jogo, aquando da interrupção, a 1,45 minutos para o final, lembramos que o marcador era favorável à Espanha, que vencia por 3-2 à Seleção Nacional.