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tags: Síntese, Jornais Nacionais, Braga da Cruz Categorias: Opinião quarta, 15 maio 2019

“…Todas as mudanças a concretizar no Sistema Educativo, de que a carreira docente é apenas uma peça, devem ser sólidas e integradas, de forma a proporcionarem estabilidade e consistência na melhoria dos resultados. No entanto, só podem ser concretizadas com a participação ativa de um corpo docente valorizado e dignificado.

O PSD foi sempre responsável ao abordar este tema, tendo apresentado neste processo de apreciação parlamentar uma proposta, em coerência com a posição desde 2017, que oferece um equilíbrio justo, responsável e, sobretudo, com visão para o País, assumindo a contabilização integral do tempo de serviço efetivo que esteve congelado, no respeito de compromissos com as despesas com pessoal do Ministério da Educação: duas faces indissociáveis de uma mesma moeda.”

Margarida Mano – Público

“…São mais de 600 mil pessoas. Não são usadas como arma de arremesso político, porque, apesar do peso eleitoral seis vezes maior que o dos professores, não têm profissões relevantes, não se mobilizam para a luta e têm escassa atenção pública e mediática. São os portugueses que vivem em privação material severa. Em todos e cada um dos dias da sua vida. É verdade que é o número mais baixo dos últimos 15 anos. Mas ainda são 615 mil. Que não são apenas pobres, mas os mais pobres dos pobres. Não é uma boa razão para ultrapassar os limites do défice a que Mário Centeno se agarra com unhas e dentes? Não dá para organizar uma coligação negativa e aprovar um decreto que avance com um programa decente de combate à pobreza, mesmo que com salvaguardas ao crescimento económico e atirando o impacto orçamental para 2020? Não? Bem me parecia...”

Rafael Barbosa – Jornal de Notícias

“…Se Costa queria parecer sério, ter-lhe-iam restado dois caminhos possíveis:

O primeiro, e o mais natural, teria sido chamar à sua presença o líder da oposição e, se assim o entendesse preferível, também os dos outros partidos do arco da governação, e explicar-lhes as consequências da aprovação da lei cozinhada na comissão de educação.

Em vez disso optou antes por tomar de assalto as casas dos portugueses, por via da comunicação social, e assustar os mercados, denotando uma manifesta falta de sentido de estado.

O segundo caminho, caso concluísse como irredutível a posição daquela que foi cognominada por maioria negativa, seria a de anunciar a previsível demissão do governo, tal como o fez, mas com o acréscimo de declarar a sua indisponibilidade para se recandidatar a primeiro-ministro, por se achar incapaz de aplicar o aumento da despesa pública aprovada pelos deputados, considerando que os seus efeitos somente se farão sentir a partir do próximo ano fiscal.

Este gesto tê-lo-ia credibilizado junto da opinião pública.”

Pedro Ochôa – O Sol

“…Mas o que vai ditar a longo prazo o sucesso da empresa é a sua capacidade de inovação, de se reinventar perante os desafios que vão ser sempre diferentes e difíceis de prever.

Aqui a flexibilidade será determinante, tanto de empregadores como de empregados.

Podemos então concluir que devemos aumentar já o salário mínimo significativamente?

Não necessariamente; vemos que há várias variáveis em jogo.

Um aumento abrupto do salário mínimo pode levar à falência as empresas que ainda dependem de mão-de-obra relativamente barata.

Podemos ter um plano de aumento progressivo, incluindo uma função de factores macroeconómicos, permitirá a essas empresas adaptarem-se à economia global.

Temos de procurar atingir um salário mínimo motivante, que permita condições de vida cada vez melhores.

Mas isto exige política de longo prazo, e os nossos políticos não são muito propensos a isso.”

 

Ricardo Mendes Ribeiro – Observador