Bombeiros da Mealhada: Diminuição do transporte de doentes está a provocar despedimentos
Os sócios da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Mealhada reuniram no dia 15 de dezembro de 2011 para analisar […]
Os sócios da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Mealhada reuniram no dia 15 de dezembro de 2011 para analisar o orçamento e plano de atividades para 2012. Na reunião, muito pouco participada, criaram-se as condições para iniciar um amplo e interessante debate sobre o futuro das corporações de bombeiros, os caminhos da sustentabilidade económica e financeira e da profissionalização dos corpos de bombeiros voluntários, bem como sobre as formas de interagir de forma mais próxima com as populações e as comunidades. A reunião, que demorou cerca de duas horas, culminou com a aprovação, por unanimidade, do orçamento para o ano de 2012.
No próximo ano de 2012, a Associação dos Bombeiros Voluntários contará com um orçamento de cerca de 420 mil euros. Deste montante, a coletividade despenderá por sua conta cerca de 50 mil euros para a compra de uma Viatura Tanque Táctica Rural, para combate a incêndios florestais e rurais. Esta aquisição foi objeto de uma candidatura ao QREN, tem financiamento comunitário em cerca de dois terços e é indespensável no combate a incêndios num ambiente rural, maioritariamente o teatro de operações da corporação.
Mais uma vez não podemos deixar de afirmar que cada vez se torna mais difícil equilibrar as nossas contas em virtude das inúmeras alterações que se verificaram nas regras do jogo durante este ano e que já vínhamos a alertar desde o anterior, explanou Abílio Semedo na apresentação do orçamento. Na verdade, e confirmando os receios manifestados em anteriores reuniões, temos vindo a verificar cortes superiores a 70 por cento no transporte programados de doentes, a principal fonte de receita da associação, prosseguiu o presidente da direcção, que acrescentou: Estes cortes têm sido causados pelas alterações impostas pelo Governo aos transportes programados, mas também pelo ataque da empresa privada Flor da Ria que nos está a levar uma grande fatia dos transportes que outrora era efetuados por nós, actuação cujos moldes não conseguimos perceber.
Todas estas situações originaram a queda dramática das nossas receitas o que nos está a obrigar a algumas decisões drásticas. Uma delas foi a dispensa de um funcionário, em 31 de outubro, não sendo de excluir o reajuste do número de assalariados num futuro próximo!, disse, ainda, Abílio Semedo.
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Autor: Jornal da Mealhada
