Cerimónias do 25 de abril, na Mealhada, entre a Esperança e a Desesperança total…

Importância do Poder Local marcou discursos do presidente da Câmara e da Assembleia Municipal.

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Os discursos do 38.º aniversário do 25 de abril, na sessão solene da Assembleia Municipal da Mealhada pulularam entre o cenário negro da desesperança e a Esperança e elogio às conquistas de 38 anos de Democracia. O Poder Local e a Reforma da Administração Local receberam, também, a atenção de Miguel Felgueiras e de Carlos Cabral.

Miguel Felgueiras começou por lembrar os presidentes de junta do concelho eleitos em 1976 e a recusa de quase todos em participar nas comemorações, “por falta de razões de comemoração”. O presidente da Assembleia Municipal da Mealhada referiu os seus nomes e, assim, homenageou-os. Mas só Artur Lousado, antigo presidente da Junta de Freguesia da Antes, aceitou o desafio de Felgueiras e encerrou, com um discurso de “assinalar da data e não de comemoração”, a sessão solene nos Paços do Concelho.

António Neves, da PCP, representou a CDU num discurso muito critico, enquanto que Inês Várzeas, independente eleita pelas listas do PSD, em nome desse partido, fez um discurso de esperança, de avaliação e de balanço positivo de 38 anos de democracia. Rui Marqueiro, em nome do Partido Socialista, foi, também ele, esperançoso e avaliou criticamente os discursos radicais.

Carlos Cabral e Miguel Felgueiras falaram de esperança, mas preferiram centrar-se no papel do Poder Local na construção da Democracia Portuguesa.