Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2012

Mulheres da História: GOLDA MEIR (1893-1978)

Mulheres da História: GOLDA MEIR (1893-1978)

Região

Mulheres da História: GOLDA MEIR (1893-1978)

Diz AGUSTINA BESSA-LUIS (ABL),: As mulheres são feitas de uma só matéria abrasiva; a de corromperem as situações estáveis.in AS […]

Diz AGUSTINA BESSA-LUIS (ABL),: As mulheres são feitas de uma só matéria abrasiva; a de corromperem as situações estáveis.in AS TERRAS DO RISCO, 1994, pág. 137

Golda Meir (GM) é a única mulher que deu asas ao nascimento de um país, inventando-o e tornando-o a realidade que hoje conhecemos.

Nascida no território que, actualmente, é o da UCRÂNIA, desde muito jovem passou a vida a imaginar um estado onde se reunissem todos os judeus na diáspora, nomeadamente os da antiga União Soviética, acossados de terror, por causa dos cossacos, principalmente. Um estado-antídoto ao Medo, como dizia.

Sonhou esse país com fontes e rios, com hortas e quintais, com pomares de sumarentas e cheirosas laranjeiras e cerejeiras, com crianças alegres a cantarem nos recreios das escolas

As memórias da dura infância de fome e maus tratos assim o sonhavam e o desejo tornou-se vontade imperiosa.

Seu pai emigrou para a América e, pouco depois, chamou a família.

A pequena Golda, desde muito nova, demonstrou gosto pela diplomacia e pelas lides de ordem trabalhosa, complicada e pouco habitual nas mulheres; fumava inveteradamente e foi assim até à morte!

Imiscuída em ares políticos, desde cedo se sentiu na obrigação de angariar dinheiro para comprar a logística, em termos de armas, por exemplo, para lutar contra o estado árabe e poder fundar o estado de Israel.

A sua primeira grande aspiração foi ser professora. O pai não o permitiu, dizendo-lhe uma coisa que o meu próprio pai me disse, quando tirei o meu segundo Curso:As mulheres não nasceram para ser espertas e cultas! O meu pai acrescentou com uma raiva judaico-cristã:As mulheres espertas não nasceram para ser felizes!

Quando o senhor ficou doente e sem forças para a impedir, ela continuou na senda do Sonho, foi Professora, casou, teve filhos, maso Estado de Israel estava dentro de siiria ser verdade.Inscreveu-se no Partido Trabalhista Sionista e partiu para a grande aventura.

Aos setenta anos, quando sentia que nem tudo estava feito e sentindo as marcas do Tempo a avisá-la contra excessos, disse esta frase que ficou a marcá-la:SER OU NÃO SER NÃO É UMA QUESTÃO DE COMPROMISSO.OU SE É OU NÃO SE É! (fonte INTERNET)

Em 1921 chegou a TELAVIV; quarenta anos depois, é Ministra dos Negócios Estrangeiros, tendo, sempre, incutido nos ideais dos potenciais pioneiros do Estado, a necessidade imperiosa de se imporem pela dignidade, pela honestidade, rigor e trabalho. Viveu novamente na pobreza, vendo a fome dos filhos, como ela tinha sofrido na União Soviética. O casamento não resistiu em virtude das agruras dos finais dos anos 30.A América foi sempre o seu cepo das marradas, nunca lhe virou as costas e ajudou-a nos seus intentos. Se bem pensarmos, com o que sabemos hoje sobre aquela região, isso interessava aos Estados Unidos!

Com a sua entrada na Comissão Executiva da Federação do Trabalho, passou a ser um dos pilares mais sólidos do novo Estado de Israel, cuja independência, depois de tremendas desavenças com os britânicos, por causa do estado palestiniano, foi decretada em 1948.

GM nunca procurou cargos mas também lhes não fugiu, sempre que o novo, periclitante, Estado, o exigiu. Depois de SIRIMAVO BANDARANAIKE, Primeira mulher Primeiro ministro do SRI LANKA, ela foi a Primeira-ministra de Israel.

Passou pela GUERRA dos SEIS DIAS, partilhou a ocupação de GAZA e da península do SINAI, assistiu à tomada de SAMARIA, JUDEIA e MONTES GOLAN. Em 1973 assiste à guerra do YON KIPPUR, liderada por sírios e egípcios. Isso valeu-lhe, a ela e ao estranho MOSHE DAYAN, acusações de falta de visão e de impreparação perante surpresas árabes. Absolvida, doente e cansada, retirou-se em favor de YTZACH RABIN.

Pouco antes de morrer, em 1978, disse: A velhice é com um avião no meio de uma tremenda tempestadeUma vez a bordo, já ninguém nos pode valer.

Bibliografia: Obras minhas como a velhinha Enciclopédia (revista), HISTORAMA,que comprei há alguns anos. Na Internet vi as datas.

Podia dizer mais a respeito deste assunto? Podiamas não vale a pena, agora. Todos os que hoje somos maduros, sabemos o que quero dizer.

Pugno pelo diálogo entre os dois povosaté porque desejam uma PÁTRIA também-para o povo palestiniano!

NOTA: já tive a oportunidade de avisar os meus leitores de que, o facto de escrever sobre um certo vulto feminino, não implica, da minha parte, simpatia especial pelas personagens focadas. Fizeram parte da História do Mundo, para o bem e/ou para o mal. É só nessa qualidade que as distingo, como já fiz com INDIRA GHANDI, AUUN SUNG SU KI, SIMONE DE BEAUVOIR, etc.

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Maria Elisa Ribeiro

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Autor: Jornal da Mealhada

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