Sexta-feira, 24 de Outubro de 2025 às 16:01

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade
Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade
Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade
Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

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Palestra sobre o Código ColorADD assinala o Dia Municipal da Igualdade

O evento decorreu no âmbito do Dia Municipal da Igualdade e tem como foco a igualdade de oportunidades para todos.

Os alunos da Escola Profissional Vasconcellos Lebre (EPVL), experienciaram, hoje, dia 24 de outubro, uma palestra direcionada para o Código ColorADD, criado pelo designer português Miguel Neiva. 

A palestra iniciou-se com o testemunho do diretor da EPVL, Carlos Sousa, que anunciou ser daltónico e afirmou sentir “uma dificuldade muito grande o dia-a-dia, muitas vezes, responder a estímulos que as pessoas nos fazem.” O mesmo exemplificou que se a cor verde estiver ao lado da cor cinzento, não consegue “saber o que é verde e o que é cinzento”.

O diretor da EPVL ainda expôs que os semáforos também são um obstáculo para o mesmo. “Desde que inventaram, e muito bem, os semáforos de LED, que as cores não são tão perceptíveis como nos outros, muitas vezes, se sou o primeiro da fila, o que faço? Espero que alguém por trás apite, porque, já percebo que qualquer coisa está errada. Esta questão é muito importante, principalmente para quem sente estes problemas, e para quem tem a responsabilidade de trabalhar com outras pessoas que podem ter essa dificuldade.”

O mesmo realça a importância de “quem vai trabalhar com crianças” e recordou que a sua “professora do primeiro ciclo tentou fazer um esquema com cores, ela percebeu que não conseguia distinguir as cores, e, para ver se conseguia memorizar, ela pintou com o lápis no caderno de quadradinhos, pôs à frente desses quadradinhos um número, e depois no lápis colou o mesmo número.” Desta forma, o diretor da EPVL, explicou que o objetivo da sua professora foi conseguir que o mesmo estabelecesse a relação entre o lápis que tinha e a cor que queria pintar.”

“É muito importante estarmos sensibilizados para estas questões. Nas relações pessoais, muitas vezes somos muito pouco sensíveis às dificuldades daquilo que está ao nosso lado. E quando notamos que alguém é diferente, seja nas cores, seja em outra coisa qualquer, muitas vezes temos a tentação de o colocar de lado, ou de arranjar uma forma de quase desprezar o outro, porque ele não consegue fazer isto ou fazer aquilo. Estas ações de sensibilização também são muito importantes para termos respeito pelo outro na sua diferença. Seja neste aspeto, ou em outro aspeto qualquer”, sublinha o diretor da EPVL.

De seguida, a conselheira interna para a Igualdade no Município da Mealhada e integrante da equipa para a Igualdade na Vida Local, Isabel Gaspar,  realçou que “estamos aqui para a comemoração do dia Municipal para a Igualdade”. E o membro da equipa para a Igualdade na Vida Local, Sónia Midões, expôs que “é com enorme gosto que o Município da Mealhada entre novamente em parceria com a EPVL.”A mesma informou sobre o plano de “quatro eixos” que o Município da Mealhada tem para a igualdade e a não discriminação. “Um que é sobre a igualdade entre homens e mulheres, o outro fala sobre violência contra as mulheres e violência doméstica, o outro é sobre a orientação sexual, a identidade de género e a expressão das características sexuais. E outro que aborda o tráfico de seres humanos. É um plano de combate ao tráfico de seres humanos.”

Os alunos também foram desafiados por Clara Pinto, da ColorADD, instituição detentora do código universal a utilizarem óculos que foram fornecidos pela mesma, assim os alunos puderam ver através dos olhos de quem é daltónico para fazer perceber a importância deste código já implementado em 92 países.

“É a simulação da visão daltónica mais comum”. E se vos disser que há 250 milhões de pessoas no mundo que não veem as cores? Falamos de aproximadamente 5% da população mundial. A Organização Mundial de Saúde confere-nos aproximadamente 10% dos homens e 1% das mulheres, porque o daltonismo é uma condição hereditária, passa da mãe não daltónica, portadora do gene do daltonismo, cromossoma x, que passa para o filho homem e vem do avô materno.” “E nós temos foco no grupo de pessoas com daltonismo que, a cada dois anos auscultamos para percebemos exatamente onde é que se pode intervir a seguir. Agora, um bocadinho sobre o problema que está aqui, e é incrível como uma humanidade que já descobriu o universo, literalmente, não parou para pensar que existem 350 milhões de pessoas que não conseguem ver cores”, descreve Clara Pinto, da ColorADD.

Segundo Clara Pinto, no que diz respeito ao conceito do Código ColorADD, “ é baseado no princípio da adição de cor, ou seja, a cada cor primária vamos atribuir um símbolo gráfico simples. O código vai se correlacionar, vai se misturar, vai interagir exatamente da mesma coisa que fisicamente as cores interagem. Então, nós vamos adicionar os códigos, estes três mais dois, vamos correlacioná-los e conseguimos obter todas as cores existentes.”

No Dia Municipal da Igualdade, o Município da Mealhada afirma que foram “mostradas as mais diversas aplicações do código, sejam em materiais culturais, bibliotecas, como a da Mealhada, hospitais, aeroportos e outros sistemas de mobilidade” aos alunos.

“O nosso objetivo não é criar produtos para daltónicos, o grande objetivo é que em todos os produtos tenham lá um pequeno código, que também serve à população daltónica. Este é o grande desafio”, realça Clara Pinto.

CoresEducaçãoMealhada

Autor: Jornal da Mealhada

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