Quitéria Mabote visitou EPVL
Quitéria Mabote, inspetora-geral da Educação de Moçambique, esteve na passada semana de visita particular à Escola Profissional Vasconcellos Lebre, na […]
Quitéria Mabote, inspetora-geral da Educação de Moçambique, esteve na passada semana de visita particular à Escola Profissional Vasconcellos Lebre, na Mealhada. A técnica educativa moçambicana, ao Jornal da Mealhada, afirmou ter “vindo visitar os amigos portugueses” que tem na EPVL, mas, também, visitar os alunos – futuros professores – moçambicanos que frequentam a escola.
Em jeito de balanço, ao Jornal da Mealhada, Quitéria Mabote afirmou: “Os alunos moçambicanos mostraram-se muito felizes, dão já sinais de que vão ter muitas saudades dos professores, alunos e da população com quem privaram aqui na Mealhada, e o feedback que levo é muito positivo”. “É muito importante para nós, vermos que os alunos moçambicanos tiveram optimos resultados, mas, também, que se mostraram atilados e educados, com uma postura comportamental positiva”, disse a inspetora-geral da Educação de Moçambique ao reporter do Jornal da Mealhada.
“O diretor da EPVL, engenheiro João pega, foi o grande percursor da vinda de alunos moçambicanos para Portugal. Lançou-me o desafio e eu aceitei e, juntos, tornámos essa ideia uma realidade!”, garantiu Quitéria Mabote, que acrescentou: “Entretanto João pega fala-me da possibilidade de acolher mais alunos e isso só me deixa ainda mais contente, pela amizade, pela dedicação e carinho dos portugueses e pelo estabelecimento de um elo extraordinário entre Moçambique e portugal!”.
“Em Moçambique está a ser dada prioridade ao ensino técnico-profissional”, afirmou a responsável moçambicana. “Estamos a dar inicio ao processo de desenvolvimento e precisamos de técnicos. É por isso que é tão importante este tipo de parcerias e de geminações”, asseverou. “Precisamos de ajuda para formar mão-de-obra qualificada”.
“As nossas escolas estão a romper pelas costuras, apesar de todos os anos construirmos novas escolas. Tome-se, o exemplo de que no ano passado tivemos 11 mil candidaturas para 4 mil vagas. O país tem poucos recursos e o ensino técnico-profissional é caro.”, disse, ainda, Quitéria Mabote. O futuro poderá passar pela combinação entre o modelo de professores moçambicanos virem a Portugal receber formação “onde de facto têm recursos e aprendem em escolas realmente apetrechadas tecnicamente”, e o modelo de docentes portugueses irem a Moçambique dar formação.
Entretanto, o convite mealhadense mantém-se e João Pega, a Quitéria Mabote, renovou o convite ao aprofundamento de relações. “Os cursos de eletrónica, automação e comando e de Energias Renováveis, bem como de Desenho, podem ser um contributo ao apoio ao desenvolvimento de Moçambique. E nós estamos disponíveis para isso”, afirmou João Pega, que deu conta do “orgulho e da satisfação que é acolher os alunos – futuros professores – moçambicanos, na EPVL”.
JM
Autor: Jornal da Mealhada
