Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2013

Resultados de um fim de semana de mau tempo, tragédia e angústia

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Região

Resultados de um fim de semana de mau tempo, tragédia e angústia

Centenas de árvores e milhares de euros de prejuízo, na Mata do Bussaco António Jorge Franco fala em calamidade. Bruno […]

Centenas de árvores e milhares de euros de prejuízo, na Mata do Bussaco

António Jorge Franco fala em calamidade. Bruno Coimbra está a sensibilizar o Governo para a recuperação

MATA DO BUSSACO No concelho da Mealhada, uma das zonas mais afetadas, pelo mau tempo do passado sábado, 19 de janeiro, foi a Mata Nacional do Bussaco, onde centenas de árvores centenárias foram derrubadas, resultando em milhares de euros de prejuízo. A avaliação dos estragos – tanto ao nível do património natural, como do património construído -, pela Fundação Mata do Bussaco, encontra-se em curso e prosseguirá ao longo dos próximos dias, dada a sua dimensão. Aquando do fecho da nossa edição os acessos à Mata só possível através da Porta Rainha, junto ao Museu Militar – ainda eram reduzidos, com grande parte das estradas cortadas, e muitos são os voluntários que se deslocam ao local a fim de ajudarem nos trabalhos de remoção dos destroços levados a cabo pelos colaboradores da Fundação.

Os danos apurados são já considerados da maior gravidade: entre muitos outros igualmente centenários, o cedro-do-Bussaco, o mais antigo do país, e o cedro de São José (de 1644 ou mesmo anterior), que apresenta agora apenas uma das suas ramadas. As restantes, tombadas sobre a Ermida de São José, destruíram por completo este importante elemento do património religioso da Mata, lê-se num comunicado, enviado pela Fundação Bussaco, que acrescenta: Também destruídas, incluindo as suas peças em terra cota, estão pelo menos duas das capelas dos Passos da Via Sacra, construída pelos Carmelitas, assim como o Pretório e Varanda de Pilatos, sob as quais tombaram cedros centenários. Com menos relevância histórica, são igualmente notórios os estragos na cobertura e telhado das antigas Garagens do Palace Hotel, edifício que atualmente constituía o ponto de referência para seminários e atividades de divulgação e que se perspetivava recuperar para funções de Centro de Interpretação.

Após um fim-de-semana de verdadeira calamidade, as equipas da Fundação Mata do Bussaco encontram-se a trabalhar a cem por cento no sentido de, desde já, permitir o restabelecimento das principais vias de acesso e infraestruturas de apoio. Sem água, luz e comunicações até ao final da manhã de segunda-feira, a dificuldade de contactos não impediu, desde já, a colaboração da Câmara Municipal da Mealhada, dos Bombeiros Voluntários da Mealhada, da Pampilhosa e de Penacova, que têm vindo a disponibilizar meios humanos e materiais para auxílio na tarefa prioritária que constitui a desobstrução de caminhos e trilhos, continua o documento, onde a Fundação faz um apelo: Sem prejuízo de uma avaliação mais cuidada, que terá de ser efetuada nos próximos dias, com equipas especializadas, a Fundação Mata do Bussaco considera fundamental a atenção e o apoio das mais diversas entidades, apelando ainda à solidariedade de empresas e população que estejam disponíveis para colaborar na recuperação de uma património que é único e é visitado por cerca de duzentos mil visitantes por ano. Neste mesmo contexto, e sobretudo no que diz respeito ao património construído, para o qual foi desenvolvido todo um projeto de recuperação que aguardava verbas há vários meses, se antes do temporal as necessidades eram já críticas, ao nível da manutenção e pequena recuperação, passaram agora a uma urgência absoluta de resgate e conservação.

Apesar dos meios exíguos, a Fundação espera a partir de quarta-feira reabrir portas à visita de público, no sentido de assegurar tanto quanto antes a entrada de visitantes que constituem, desde a sua criação, a principal fonte de receita para todos os trabalhos que têm vindo a ser executados. Na sequência dos alertas e contactos estabelecidos com as mais diversas instituições espera-se igualmente, a breve prazo, começar a contar com a colaboração e apoio para as necessidades extra que agora se colocaram, lê-se ainda no documento. Mónica Sofia Lopes

Autor: Jornal da Mealhada

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