Rui Marqueiro, líder do PS, fala sobre Caso José Rosa

Eleições antecipadas na Vacariça? “É cenário que não temos em mente neste momento!”, garante Marqueiro

Passou um mês desde que José Alves Rosa, presidente da Junta de Freguesia da Vacariça, recorreu da decisão de arquivamento do Tribunal Administrativo de Aveiro que, na prática, anula a deliberação da assembleia de freguesia que autorizava o autarca a faltar às reuniões da Assembleia Municipal e obriga à recomposição da Junta de Freguesia – no fundo obrigando José Rosa a abandonar o cargo de presidente da Junta de Freguesia da Vacariça. Ainda não se conhece a posição do tribunal face ao recurso, mas o Jornal da Mealhada colocou algumas questões ao líder da concelhia da Mealhada do Partido Socialista, Rui Marqueiro, sobre o assunto. Outras razões não houvesse para saber a opinião da liderança socialista, interessaria saber o que diz Marqueiro sobre o conflito que – assim garante Rosa – nasceu no seio interno do Partido Socialista e se expandiu à Assembleia Municipal da Mealhada, com um conflito entre a mesa socialista e um dos mais antigos presidentes de junta de freguesia, dirigente histórico e eleito, também ele, pelo Partido Socialista e com esmagadora maioria.

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Jornal da Mealhada: O coordenador do secretariado do PS da Mealhada já falou com o presidente da Junta de Freguesia da Vacariça depois de ser conhecida a decisão do tribunal administrativo quanto à perda de mandato, por faltas na Assembleia Municipal?

Rui Marqueiro: Não falamos.

JM: Qual deveria ser, na sua opinião, a posição do Tribunal administrativo face ao recurso de José Alves Rosa?

RM: Deve apreciá-lo,ponderar as razões do José Rosa, decidir de acordo com a Lei,atentas as circunstancias concretas.

JM: Conhece o teor do recurso do presidente da Junta de Freguesia?

RM: Não conheço.

JM: No caso de a decisão se manter, qual será a posição do Partido Socialista face à substituição do presidente da Junta? Promoverá a substituição ou preferirá a realização de eleições antecipadas?

RM: O Partido Socialista não é tido nem achado nesta questão. A Lei actual tem mecanismos de substituição previstos que concerteza serão accionados por quem de direito, se a decisão do Tribunal se mantiver.

JM: No caso de se realizarem eleições antecipadas para a Assembleia de Freguesia da Vacariça, o Partido Socialista já tem candidato a cabeça-de-lista?

RM: Não temos esse cenário em mente,nem pensamos que se venha a colocar.

JM: Neste braço de ferro, entre o presidente da Junta de Freguesia e a mesa da Assembleia Municipal, em ambos os casos eleitos pelo Partido Socialista, a quem, na sua opinião, assiste a razão? Qual é a posição do secretariado nesta questão?

RM: O Secretariado do Partido Socialista observa,mas não se intromete nas decisões dos seus eleitos locais.

JM: Considera que foi um diferendo interno do PS que “chegou longe de mais”, como declarao próprio presidente da Junta de Freguesia da Vacariça?

RM: Foi uma questão entre Eleitos Locais Socialistas,com opiniões diferentes sobre a mesma casualidade.Acontece.É DA VIDA.

JM: Acha que no caso de se realizarem eleições antecipadas, o Partido Socialista no concelho sai politicamente fragilizado?

RM: Como já disse, é um cenário que não temos em mente neste momento.

JM: Um comentário final

RM: Relativamente à decisão do Tribunal Administrativo neste caso. Reconheço não ter competencia técnico-jurídica para o fazer,por isso não o farei.

Politicamente direi apenas, que o José Rosa não merece sair da sua Autarquia com perda de mandato. Ele tem mais de vinte anos da sua vida dedicados ao Serviço Público a favor da Freguesia da Vacariça e do Concelho da Mealhada e tudo isto a troco de nada. Seja qual for a decisão do Tribunal o Partido Socialista nunca poderá esquecer este facto.

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