Quinta-feira, 31 de Maio de 2012

Rui Marqueiro, no jantar de campanha às internas do PS, com casa cheia, garante: «Ainda há muitos problemas por resolver!»

Rui Marqueiro, no jantar de campanha às internas do PS, com casa cheia, garante: «Ainda há muitos problemas por resolver!»

Região

Rui Marqueiro, no jantar de campanha às internas do PS, com casa cheia, garante: «Ainda há muitos problemas por resolver!»

“E se o concelho hoje está como está não é só ao actual executivo municipal que isso se deve, mas […]

E se o concelho hoje está como está não é só ao actual executivo municipal que isso se deve, mas sim a todos os executivos do PS que estiveram na Câmara ao longo dos últimos anos, asseverou Guilherme Duarte

Rui Marqueiro – candidato à liderança da concelhia da Mealhada do Partido Socialista – juntou 165 pessoas, entre militantes e simpatizantes do partido, num jantar de campanha que realizou na quarta-feira, 30 de maio, em Luso. As eleições internas dos socialistas realizam-se na sexta-feira, 1 de junho, e Marqueiro – candidato ao quarto mandato consecutivo, tendo como adversário António Jorge Franco – reuniu à mesma mesa antigos e actuais autarcas, alguns históricos do partido num convivio com muita animação e pontuado por interevnção Política pura.

Jorge Carvalho declara: “O PS é o que é, graças a Marqueiro”

Finalizado o jantar, que se realizou no Restaurante do Parque de Campismo de Luso, e depois de dadas as primeiras impressões no karaoke instalado no espaço para animação dos socialistas, foi Jorge Carvalho – número dois da lista de Marqueiro e secretário da Junta de Freguesia de Luso – a abrir o período de intervenções políticas. “Recebi o PS, numa caixa de botões”, começou logo por dizer Jorge Carvalho, que sucedeu a Carlos Cabral – actual presidente da Câmara -, em 2005, depois deste ter apresentado a sua demissão da liderança da concelhia, logo após as eleições autárquicas de Outubro desse ano. “Telefonei ao Dr.Marqueiro e perguntei-lhe: O que é fazemos agora? E o Dr. Marqueiro respondeu-me: Vamos refundar o partido na Mealhada”, narrou Jorge Carvalho que acrescentou: “A partir daí trabalhámos sempre juntos e conseguimos. E o PS hoje é o que é, graças a Rui Marqueiro!”.xa0

Rui Marqueiro até é Leal de nome, mas nenhum de nós admite falsidades“, afirmou Guilherme Duarte

Coube a Guilherme Duarte a intervenção mais assertiva da noite. O dirigente socialista, membro do secretariado da concelhia, começou o discurso garantindo: “Rui Marqueiro até é Leal de nome, mas nenhum de nós admite falsidades e injustiças”. “Às vezes parece que há uns socialistas de primeira e uns socialistas de segunda, quando temos todos de trabalhar pela mesma causa. Se houve afastamentos, é falso que tenho partido de Rui Marqueiro, que ouve toda a gente e trabalha com toda a gente!”, afirmou Guilherme Duarte, que acrescentou ainda: “Rui Marqueiro candidata-se em nome da união do partido, e ao longo do tempo em que liderou o partido nunca quis separar pessoas, nunca quis isolar pessoas”.

O pampilhosense – presidente da Assembleia de Freguesia e líder da bancada do PS na Assembleia Municipal da Mealhada – falou, ainda, da experiência autárquica de Rui Marqueiro, à frente dos destinos da Câmara Municipal da Mealhada, de 1989 a 1999. “Para que hoje se possa andar e correr, foi preciso alguém dar os primeiros passos, foi preciso que alguém começasse a gatinhar. E se o concelho hoje está como está não é só ao actual executivo municipal que isso se deve, mas sim a todos os executivos do PS que estiveram na Câmara ao longo dos últimos anos”, asseverou Guilherme Duarte.

“Rui Marqueiro é uma pessoa com grande deferência em todo o lado, é uma pessoa capaz, competente, com valores, capaz de unir e levar o partido a grandes vitórias”, disse Guilherme Duarte. “Continuamos a ser muito mais, temos força, união e somos vencedores. Podem dizer que não estão cá todos os presidentes de Junta de freguesia do concelho, mas não é verdade que não esteja cá nenhum, e daqui vejo o presidente da Junta de Freguesia da Antes e o de Ventosa do Bairro!”, declarou Guilherme Duarte.

“E vejo daqui, também, connosco, os históricos do partido – Manuel Mano Assis, primeiro presidente eleito da Junta de Freguesia da Pampilhosa, Hilário, Augusto Cerveira, Augusto Mamede, muitos deles militantes desde 1975. Apresentamo-nos como uma candidatura forte e séria, porque o PS não é só de alguns, é de todos”, rematou Guilherme Duarte.

“Posso viver muitos ou poucos anos, mas não mais esquecerei este dia”, disse Marqueiro

Em contraposição ao discurso de Guilherme Duarte, a intervenção de Rui Marqueiro procurou ser conciliadora e com uma tónica notória de agradecimento “a todos os que permitiram que o PS seja hoje o que é”.

As primeiras palavras de Marqueiro foram para sublinhar a presença de Joaquim Moreira – Vice-presidente da Associação Nacional de Freguesias – e Marques Pereira – dirigente do PS Aveiro. E a referência a Joaquim Moreira foi aproveitada por Marqueiro para informar e deixar o apelo: “Hoje o Governo publicou a lei que consiste no maior ataque às freguesias de que há memória na história de Portugal. Tome a ANAFRE todas as medidas para impedir que tal coisa possa acontecer”. E a Marques Pereira pediu: “Ajude-nos a construir um Orçamento Participativo na Câmara da Mealhada, coisa que a outra candidatura nunca conseguiu!”.

“Um homem só é, apenas, um homem só”, disse Marqueiro. “A obra feita no Municipio da Mealhada de 1989 a 1999 deve-se a muita gente. Deve-se a Augusto Mamede, deve-se a Joaquim Baptista, deve-se a Carlos Cabral, deve-se ao engenheiro Borges, deve-se a todos os funcionários. Não há obras de um homem só”, prosseguiu o antigo presidente da Câmara da Mealhada.

“E também no partido não há obras de homem só. Muito obrigado a Jorge Carvalho, que recebeu a caixa dos botões, a Fernanda Graça, que ajudou a reconstruir o partido, à Arminda Martins, a Guilherme Duarte e Júlio Penetra – dois homens ponderados que neutralizam o meu maior defeito, que é também o do Jorge, o de sermos impulsivos”, disse Marqueiro que acrescentou: “Procurámos fazer um concelho melhor. Mais equilibrado, mais desenvolvido. Nem sempre conseguimos, e hoje, numa das maiores crises de sempre, é quase suicida querer governar uma autarquia, com o ataque que está ser feito da parte do poder central. As autarquias devem dinheiro, mas felizmente a nossa nunca entrou em grandes problemas, e isso deve-se a todos os presidentes da Câmara, desde Odete Isabel até hoje!”

E Marqueiro declarou, ainda, “Há muitos problemas para resolver. Temos de perceber que é preciso discutir as freguesias, e está aí uma lei da República. Temos de combater o esbulho que aí vem com os sistemas intermunicipais de a´guas e a ameça de privatização da água”. A este propósito o candidato à liderança do PS, quase pareceu assumir a candidatura à Câmara Municipal quando asseverou: “Vem aí uma tentativa de esbulho das Câmaras e das pessoas. Mas garanto-vos: só por cima do meu cadáver é que isso se faz!”xa0

A intervenção de Rui Marqueiro terminou com a confidência: “Posso viver muitos anos ou poucos anos, mas não mais esquecerei este dia. Levo-vos no coração!”.

JM

Nota do Diretor:

Com o pedido de retificação solicitado pela canditatura de Rui Marqueiro – publicado AQUI e relidos os apontamentos do repórter, operámos nesta noticia, às 16h35m de 04.06.12, algumas modificações que procuram aproximar o relato do jornalista das palavras do orador e das suas intenções. Uma vez mais, ao visado e aos nossos leitores, as nossas desculpas

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Autor: Jornal da Mealhada

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