Quinta-feira, 17 de Julho de 2025 às 10:17

Transportes intermunicipais em Coimbra arrancam em 01 de agosto sem passe intermodal

Transportes intermunicipais em Coimbra arrancam em 01 de agosto sem passe intermodal

Região

Transportes intermunicipais em Coimbra arrancam em 01 de agosto sem passe intermodal

Regime intermodal apenas deverá estar em funcionamento daqui por seis meses, no início de 2026.

O novo sistema intermunicipal de transportes da Região de Coimbra deverá arrancar em 01 de agosto e sem passe intermodal, depois de a anterior data de 01 de julho não ter sido concretizada, disse o presidente daquela entidade.

“A concessão vai entrar em funcionamento em 01 de agosto. São cinco anos de concessão, prorrogável por mais dois anos”, disse à agência Lusa Emílio Torrão, presidente da comunidade intermunicipal da Região de Coimbra (CIM/RC).

Classificando o novo sistema como “uma verdadeira revolução no transporte” rodoviário de passageiros dos 19 municípios da região e ligação a regiões vizinhas, Emílio Torrão notou, no entanto, que a operação vai arrancar em regime monomodal (sozinha), isto é, sem o bilhete único que permitirá usar também o Metro Mondego (quando este estiver a funcionar) e os SMTUC – Serviços Municipais de Transportes Urbanos de Coimbra, como era desejo da CIM/RC.

Acrescentou que o regime intermodal apenas deverá estar em funcionamento daqui por seis meses, no início de 2026.

Questionado sobre a causa do atraso (a 14 de abril tinha anunciado a data da 01 de julho, com passe intermodal), Emílio Torrão frisou que a queda do anterior Governo “levou a um conjunto de incidências” no estabelecimento dos acordos entre os diversos parceiros de transporte público, que impossibilitam a entrada em funcionamento do regime intermodal no primeiro dia de agosto.

“Temos o sistema informático, temos os aparelhos, os bilhetes são todos iguais, mas tínhamos de entrar em testes, tínhamos de ter tudo para entrar em agosto e não é possível”, lamentou.

Deste modo, aquando do arranque do sistema intermunicipal de transportes da Região de Coimbra, quem quiser utilizar um autocarro dos SMTUC terá de comprar um título próprio, o que deixará de se verificar quando o passe intermodal estiver em vigor.

“Serão seis meses para nós, para os outros não posso dizer, não posso falar pelos outros”, vincou.

O autarca referiu ainda que embora a bilhética seja idêntica e compatível com o futuro regime, esta terá de ser reconfigurada para o intermodal, quando este entrar em vigor.

Questionado sobre se a concessionária Busway (subsidiária do grupo israelita Afifi, que venceu a concessão de mais de seis milhões de euros anuais) aceitou a entrada em funcionamento do sistema em regime monomodal e só mais parte passar a intermodal, Emílio Torrão notou que a empresa “alinha, porque vai ter compensação”.

“Do ponto de vista da CIM, é mais importante que tenhamos um período monomodal, que é para podermos fazer a compensação mais correta com a Busway, porque ficamos com dados reais [do transporte intermunicipal de passageiros]. Neste momento, só temos dados estatísticos da anterior. E a rede é toda nova”, observou.

“Para nós, até foi melhor arrancar assim. Porque depois podemos, daqui por uns meses, ter já dados reais para podermos fazer a compensação à Busway”, reforçou.

O presidente da CIM/RC disse ainda que o contrato atual, em regime monomodal, obteve visto do Tribunal de Contas, mas quando o sistema passar a intermodal terá de requerer novo visto, já que se tratará de uma alteração contratual.

De acordo com dados avançados à Lusa por Emílio Torrão, o novo sistema intermunicipal de transportes da Região de Coimbra envolve 211 linhas, 1.940 horários de serviço e 5.211 paragens, servidas por 240 autocarros – 186 novos (77,5%) e 54 usados.

Todos os veículos terão serviço wi-fi gratuito a bordo e ar condicionado e uma idade média de 55 meses (cerca de quatro anos e meio) ao longo da concessão, estando previsto que cumpram quase sete milhões de quilómetros.

Entre as linhas disponibilizadas nos 19 municípios, contam-se algumas de serviço rápido, nomeadamente ligações entre Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz e até Mira, via Cantanhede, ou ainda uma ligação a Penela.

Texto: Lusa

Autor: Lusa

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