Sexta-feira, 13 de Abril de 2012

Unanimidade na aprovação das contas de 2011 da Câmara da Mealhada

Unanimidade na aprovação das contas de 2011 da Câmara da Mealhada

Região

Unanimidade na aprovação das contas de 2011 da Câmara da Mealhada

Apesar do contexto económico desfavorável em 2011 e dos atrasos burocráticos, conseguiu-se atingir na execução global da despesa uma taxa […]

Apesar do contexto económico desfavorável em 2011 e dos atrasos burocráticos, conseguiu-se atingir na execução global da despesa uma taxa de 75%. 90% nas despesas correntes e 55% nas despesas de capital, afirma Filomena Pinheiro.

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A Câmara Municipal da Mealhada aprovou, por unanimidade, o Inventário e Documentos de Prestação de Contas, relativos a 2011, na reunião pública do passado dia 5 de abril, quinta-feira. «Os documentos revelam taxas médias de execução de 75,06% ao nível da despesa e de 93,05% ao nível da receita, confirmando o “rigor, e o controlo orçamental no exercício económico do ano passado e que, de resto, têm sido prática nos últimos oito anos», garante a autarquia em comunicado à imprensa. Com todo o executivo de acordo, a deliberação vai agora ser submetida à apreciação e votação da Assembleia Municipal.

Os documentos de prestação de contas, analisados na última reunião pública da Câmara Municipal da Mealhada, comprovam que o município terminou mais um ano sem dívidas a curto prazo, com um resultado líquido positivo de 766.029,70 euros, como já havia sido noticiado pelo Jornal da Mealhada. De forma mais detalhada, a Câmara iniciou 2011 com um orçamento de receita de 16.501.651 euros e, ao longo do ano, foi reforçada a dotação orçamental com o valor de 1.588.306 euros relativos à inclusão do saldo de gerência de 2010, perfazendo um total de 18.089.957 euros. A receita cobrada pelo município totalizou 16.832.476 euros, dos quais 10.843.774 euros correspondem a receitas de natureza corrente, 4.383.187 euros a receitas de capital e 1.605.515 euros a outras receitas.

Resultados que se traduzem numa execução orçamental de 93,05%, sendo as receitas correntes de 98,83% e as receitas de capital de 79,28%. Quanto ao orçamento da despesa, aprovado com uma dotação global de 16.501.651 euros, foi reforçado, durante o ano, com uma verba de 660.000 euros. Assim, a despesa atingiu um grau de execução orçamental de 75,06%, sendo que ao nível das despesas correntes o valor foi de 90,27% e 54,74% relativos a despesas de capital.

Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada e responsável pela administração financeira do Municipio, na reunião referiu-se a «atrasos burocráticos em alguns concursos públicos para adjudicação de empreitadas [obras licenciadas em Maio e Setembro que ainda não avançaram] como causadores da diminuição da taxa de execução da despesa de capital», salientando, contudo, que «apesar do contexto económico desfavorável em 2011 e dos atrasos burocráticos, conseguiu-se atingir na execução global da despesa uma taxa de 75%, 90% nas despesas correntes e 55% nas despesas de capital».

A vice-presidente da autarquia disse, aliás, que a elevada taxa de execução das despesas correntes evidencia a aposta que a Câmara tem vindo a fazer na dinamização dos diversos equipamentos municipais, incluindo-se aí todas as despesas de funcionamento e manutenção, assim com as despesas realizadas com a animação desses espaços, satisfazendo as expectativas e necessidades da população. A autarca garantiu, ainda, que houve um esforço para se poupar em algumas despesas correntes para aplicar em despesas de capital e defendeu que a filosofia da Câmara continua a ser a de gastar apenas naquilo que é necessário e não cair na tentação dos gastos supérfluos e improdutivos, não havendo alteração de rumo só porque a autarquia apresenta uma invejável situação financeira.

Para José Calhoa, vereador das obras municipais, os dados demonstram que a Câmara Municipal continua a manter um controlo efectivo em termos orçamentais e fundamentou: No que respeita ao princípio do equilíbrio orçamental, era prevista uma poupança corrente de 1.407.452 euros. No entanto, a poupança corrente executada foi de 1.983.465 euros, superior em 576.013 euros relativamente ao previsto. Diante dos resultados, o vereador falou de esforço feito na boa gestão dos dinheiros públicos e congratulou-se por apesar do cenário desfavorável o município ter cumprido os objectivos planeados, mesmo que readaptados ou ajustados.

Já o vereador da Acção Social, Júlio Penetra, considerou que a forma equilibrada, serena e controlada como a Câmara da Mealhada soube atravessar o ano de 2011 não foi mais do que colher os benefícios de anos de boas práticas de gestão, bons hábitos de consumo e controlo da despesa, boas opções na aplicação dos recursos e na orientação e prioridades dadas aos investimentos. Júlio Penetra aplaudiu o facto de o município no ano negro de todas as incertezas e surpresas ter sido capaz de manter o seu território no caminho da coesão social e territorial e confrontado com a ameaça de redução de meios e recursos financeiros, limitado e constrangido na sua legítima liberdade de definir e de gerir, à sua capacidade de gestão orçamental e de governação, ter obtido os resultados que as contas demonstram.

NOTA: Não tendo sido possível recolher testemunhos dos restantes vereadores municipais, procuraremos fazê-lo em breve e, então, publicar a sua posição.

JM/CMM

Autor: Jornal da Mealhada

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